Os detalhes da mão.
O jeito de olhar.
O sorriso maroto.
O seu caminhar.
Até o seu "não",
me faz sonhar.
E como criança,
tento rimar.
Porque amar, é voltar no tempo.
Amar é não ter medo de se expôr.
Amar é tentar rimar só para te agradar.
domingo, 22 de junho de 2008
Ignorância
A sensação é bem simples. O mundo está tão rápido, que eu não consigo mais acompanhá-lo.
As notícias são tão instântaneas, que eu simplesmente já não sei mais o que acontece no mundo.
Lembro que eu ria quando a minha mãe não conseguia mexer em alguns aparelhos tecnológicos. Hoje a minha irmão mais nova ri de mim. Estou ultrapassada. E o pior, aos 27 anos.
Antes se levava muito mais tempo para ficar ultrapassado. Hoje, de um minuto para o outro, você passa de uma pessoa informada e antenada com o mundo, para um hermitão que passou séculos recluso.
Ontem as pessoas comentavam sobre Alice Braga. Pelo sobrenome chutei que era alguma coisa da Sônia Braga. Acertei! Mas até aí, saber a história da moça, era demais.
A conversa rolou sem que eu desse um pitaco sequer, coisa rara. Quando fui questionada, não tive o menor pudor e disse que jamais ouvira falar da tal moça.
As expressões faciais demonstravam pensamentos - ignorante.
Não deu outra. Cheguei em casa e fui pesquisar no novo pai dos burros (google) quem é Alice Braga. Foi neste exato momento que me dei conta do quanto eu estou desatualizada. Faz milênios que não vou ao cinema, milênios que não vou ao teatro, e séculos que não leio um jornal sequer. Alienada. Eu estava alienada.
No ímpeto de saber o que aconteceu no mundo enquanto eu estava fora, decidi ler o jornal, ver televisão, acessar a internet e me recolocar no mundo.
O mundo continua chato. Por mais que eu não tenha lido nada sobre ele nos últimos meses, não mudou muita coisa. O que muda são os nomes, as carinhas mais famosas, as roupas da moda, mas a essência do ser humano continua a mesma.
Talvez tenha sido um bom negócio esquecer um pouco do mundo e criar um só meu.
Alice, me desculpe. Não sabia que você estava em ascensão.
Fashion Week, desculpe não ter acompanhado suas modelos magricelas desfilando pela passarela coisas que eu jamais comprarei ou usarei.
Mundo, desculpe a minha ignorância.
Mãe, você estava certa. Não dá mais para acompanhar.
As notícias são tão instântaneas, que eu simplesmente já não sei mais o que acontece no mundo.
Lembro que eu ria quando a minha mãe não conseguia mexer em alguns aparelhos tecnológicos. Hoje a minha irmão mais nova ri de mim. Estou ultrapassada. E o pior, aos 27 anos.
Antes se levava muito mais tempo para ficar ultrapassado. Hoje, de um minuto para o outro, você passa de uma pessoa informada e antenada com o mundo, para um hermitão que passou séculos recluso.
Ontem as pessoas comentavam sobre Alice Braga. Pelo sobrenome chutei que era alguma coisa da Sônia Braga. Acertei! Mas até aí, saber a história da moça, era demais.
A conversa rolou sem que eu desse um pitaco sequer, coisa rara. Quando fui questionada, não tive o menor pudor e disse que jamais ouvira falar da tal moça.
As expressões faciais demonstravam pensamentos - ignorante.
Não deu outra. Cheguei em casa e fui pesquisar no novo pai dos burros (google) quem é Alice Braga. Foi neste exato momento que me dei conta do quanto eu estou desatualizada. Faz milênios que não vou ao cinema, milênios que não vou ao teatro, e séculos que não leio um jornal sequer. Alienada. Eu estava alienada.
No ímpeto de saber o que aconteceu no mundo enquanto eu estava fora, decidi ler o jornal, ver televisão, acessar a internet e me recolocar no mundo.
O mundo continua chato. Por mais que eu não tenha lido nada sobre ele nos últimos meses, não mudou muita coisa. O que muda são os nomes, as carinhas mais famosas, as roupas da moda, mas a essência do ser humano continua a mesma.
Talvez tenha sido um bom negócio esquecer um pouco do mundo e criar um só meu.
Alice, me desculpe. Não sabia que você estava em ascensão.
Fashion Week, desculpe não ter acompanhado suas modelos magricelas desfilando pela passarela coisas que eu jamais comprarei ou usarei.
Mundo, desculpe a minha ignorância.
Mãe, você estava certa. Não dá mais para acompanhar.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Eu quero é mais...
Um dia você começa a trabalhar numa empresa grande, milhares de funcionários. E apesar de te encherem o saco, você é apenas mais um entre os milhares.
E é neste momento que eu penso. Se eu sou só mais uma, qual a razão das pessoas quererem tanto puxarem o meu tapete?
Eu tinha uma visão muito rosa bebê do mundo. Acho que os anos na Ilha da Fantasia (meu antigo emprego) me fizeram mal. Descobri que não sei me defender.
Eu sempre achei que pessoas más eram apenas personagens de filmes. Doce engano.
Existe gente que quer te ver pelas costas, que faz de tudo para te ferrar, e o pior, finge que te adora. Sorri para você todos os dias, lhe deseja um ótimo dia, e na sua frente, com um sorriso bem amarelo, te fode. Isso quando não te apunhalam pelas costas.
E depois dessas experiências, comecei a odiar pessoas que vivem sorrindo para todos. Sabe algo meio comissária de bordo? O avião vai cair, todo mundo vai morrer, e a mulher continua esboçando o melhor sorriso.
Eu apelidei este "delicioso" personagem de "Comissária Naja".
E eu tenho uma Comissária Naja bem ao meu lado.
A filha da puta me chama de Vivi, quero morrer com isso. E todo dia ela me deseja um excelente dia.
Semana passada eu atrasei alguns relatórios. Estava meio perdida e acabei esquecendo de mandar o relatório para a comissária. Ela sorriu e me cobrou:
- Vivi, faltou o seu relatório para eu fechar o consolidado.
- Putz, me esqueci. Já te mando.
E assim fiz. Em cinco minutos mandei para o e-mail dela.
Três minutos depois chega um e-mail com cópia para todos os meus "parceiros" de trabalho, inclusive meu chefe.
"Queridos, segue o consolidado. Desculpem a demora, é que tive que cobrar a Vivi".
A filha da puta manda um e-mail desse, e ainda tem a coragem de me chamar de Vivi.
Internamente soltei duzentos palavrões. Olhei para o lado e sorri para a comissária. E o sorriso dizia: Morra de sífilis ou lepra, você pode escolher.
Meu chefe não perde a oportunidade, e delicadamente responde o e-mail.
"Porra, vocês não fazem nada se eu não cobrar?"
Nem respondi o e-mail.
Sabe, estou contaminada. Tento ser uma pessoa melhor e não sentir ódio mortal das pessoas, mas tem horas que é difícil.
Comprei o iogurte que ela gosta. Ardilosamente inseri laxante. Por duas vezes pensei em dar para ela a dose cavalar de remédio. Mas não dei. Enxerguei a luz. Não posso agir com as pessoas da mesma forma que elas agem comigo. Se todo mundo resolve ser vingativo, não sobra um naquela empresa.
Quando eu estiver lá no céu, e lá de cima eu vê-la no inferno, internamente vou sentir uma satisfação absurda. Mas não moverei uma palha para me vingar.
E é neste momento que eu penso. Se eu sou só mais uma, qual a razão das pessoas quererem tanto puxarem o meu tapete?
Eu tinha uma visão muito rosa bebê do mundo. Acho que os anos na Ilha da Fantasia (meu antigo emprego) me fizeram mal. Descobri que não sei me defender.
Eu sempre achei que pessoas más eram apenas personagens de filmes. Doce engano.
Existe gente que quer te ver pelas costas, que faz de tudo para te ferrar, e o pior, finge que te adora. Sorri para você todos os dias, lhe deseja um ótimo dia, e na sua frente, com um sorriso bem amarelo, te fode. Isso quando não te apunhalam pelas costas.
E depois dessas experiências, comecei a odiar pessoas que vivem sorrindo para todos. Sabe algo meio comissária de bordo? O avião vai cair, todo mundo vai morrer, e a mulher continua esboçando o melhor sorriso.
Eu apelidei este "delicioso" personagem de "Comissária Naja".
E eu tenho uma Comissária Naja bem ao meu lado.
A filha da puta me chama de Vivi, quero morrer com isso. E todo dia ela me deseja um excelente dia.
Semana passada eu atrasei alguns relatórios. Estava meio perdida e acabei esquecendo de mandar o relatório para a comissária. Ela sorriu e me cobrou:
- Vivi, faltou o seu relatório para eu fechar o consolidado.
- Putz, me esqueci. Já te mando.
E assim fiz. Em cinco minutos mandei para o e-mail dela.
Três minutos depois chega um e-mail com cópia para todos os meus "parceiros" de trabalho, inclusive meu chefe.
"Queridos, segue o consolidado. Desculpem a demora, é que tive que cobrar a Vivi".
A filha da puta manda um e-mail desse, e ainda tem a coragem de me chamar de Vivi.
Internamente soltei duzentos palavrões. Olhei para o lado e sorri para a comissária. E o sorriso dizia: Morra de sífilis ou lepra, você pode escolher.
Meu chefe não perde a oportunidade, e delicadamente responde o e-mail.
"Porra, vocês não fazem nada se eu não cobrar?"
Nem respondi o e-mail.
Sabe, estou contaminada. Tento ser uma pessoa melhor e não sentir ódio mortal das pessoas, mas tem horas que é difícil.
Comprei o iogurte que ela gosta. Ardilosamente inseri laxante. Por duas vezes pensei em dar para ela a dose cavalar de remédio. Mas não dei. Enxerguei a luz. Não posso agir com as pessoas da mesma forma que elas agem comigo. Se todo mundo resolve ser vingativo, não sobra um naquela empresa.
Quando eu estiver lá no céu, e lá de cima eu vê-la no inferno, internamente vou sentir uma satisfação absurda. Mas não moverei uma palha para me vingar.
domingo, 15 de junho de 2008
Velhice
Segundo a minha mãe, parece que foi ontem que meu pai saiu parecendo um doido gritando pelo hospital: - É menina!! O nome dela é Viviane.
E este tal ontem já faz mais de vinte anos.
Como diria um comercial da minha época; o tempo passa, o tempo voa, e o Bamerindus nem existe mais. As pessoas nem limpam mais seus delicados bumbuns com o, nem tão delicado, papel primavera. Há uma tese de que este papel causa hemorróida.
Talvez algumas pessoas ainda chamem a DDDrim para matar insetos, e riam ao se lembrar do jingle do comercial - a pulguinha dançando iê-iê-iê. Aliás, ninguém mais dança iê-iê-iê.
As polainas ficaram para trás. As boinas voltaram, as saias balonês também. Ainda bem que, tirando uniforme de time de futebol, ninguém mais usa roupas fluorescentes.
E o tal ontem ficou bem lá para trás. Muita coisa aconteceu. E todos os acontecimentos ajudaram a formar a pessoa que sou hoje, uma velha. E isso não tem jeito. Cada ano que passa, eu fico mais próximo da minha aposentadoria, da coleção de remédios, das manias. Bem, manias eu já tenho mesmo.
Eu já sou uma anciã. Reclamo de tudo, como estou fazendo agora, gosto de tirar um cochilo após o almoço de domingo, comecei a me interessar por artesanato e serviços manuais, vou me matricular na hidroginástica para as aulas das 7:30 da manhã, saio e fico bocejando quando passa da uma da manhã, já começo a contar histórias do tempo que eu era mocinha, ou começo frases com "no meu tempo". Fato, o tempo passou mesmo.
Quando eu tinha 16 anos, mentia que tinha 18. Agora parei nos 24 já faz muitos anos, e me recuso a sair desta idade.
Vai chegar uma hora que vai pegar mal, mas enquanto isso não acontecer, sigo mentindo a minha idade.
Hoje pela manhã me olhei no espelho com bastante atenção. E não é que já nasceu a minha primeira ruga? E ainda dizem que eu tenho que comemorar. Humpf!
Bem, amanhã eu completo 24 anos pela enésima vez. Brincadeiras à parte, é bom poder completar mais uma primavera, como diz minha avó. Afinal, é sinal de que estou viva, e seguindo o processo natural da vida.
E este tal ontem já faz mais de vinte anos.
Como diria um comercial da minha época; o tempo passa, o tempo voa, e o Bamerindus nem existe mais. As pessoas nem limpam mais seus delicados bumbuns com o, nem tão delicado, papel primavera. Há uma tese de que este papel causa hemorróida.
Talvez algumas pessoas ainda chamem a DDDrim para matar insetos, e riam ao se lembrar do jingle do comercial - a pulguinha dançando iê-iê-iê. Aliás, ninguém mais dança iê-iê-iê.
As polainas ficaram para trás. As boinas voltaram, as saias balonês também. Ainda bem que, tirando uniforme de time de futebol, ninguém mais usa roupas fluorescentes.
E o tal ontem ficou bem lá para trás. Muita coisa aconteceu. E todos os acontecimentos ajudaram a formar a pessoa que sou hoje, uma velha. E isso não tem jeito. Cada ano que passa, eu fico mais próximo da minha aposentadoria, da coleção de remédios, das manias. Bem, manias eu já tenho mesmo.
Eu já sou uma anciã. Reclamo de tudo, como estou fazendo agora, gosto de tirar um cochilo após o almoço de domingo, comecei a me interessar por artesanato e serviços manuais, vou me matricular na hidroginástica para as aulas das 7:30 da manhã, saio e fico bocejando quando passa da uma da manhã, já começo a contar histórias do tempo que eu era mocinha, ou começo frases com "no meu tempo". Fato, o tempo passou mesmo.
Quando eu tinha 16 anos, mentia que tinha 18. Agora parei nos 24 já faz muitos anos, e me recuso a sair desta idade.
Vai chegar uma hora que vai pegar mal, mas enquanto isso não acontecer, sigo mentindo a minha idade.
Hoje pela manhã me olhei no espelho com bastante atenção. E não é que já nasceu a minha primeira ruga? E ainda dizem que eu tenho que comemorar. Humpf!
Bem, amanhã eu completo 24 anos pela enésima vez. Brincadeiras à parte, é bom poder completar mais uma primavera, como diz minha avó. Afinal, é sinal de que estou viva, e seguindo o processo natural da vida.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Estou viva
Tá, eu sei que parece descaso com meu "imenso" público. Mas está complicado atualizar o espaço.
Estou com um monte de trabalho. E não é só isso, final de semestre da Pós.
Enfim, ninguém me prometeu uma vida justa. Mas às vezes tenho a sensação de que o dia deveria ter 72 horas para que eu pudesse fazer ao menos 50% das coisas que eu preciso fazer.
Meu aniversário está chegando, e junto com ele o inferno astral passará. Sendo assim, voltarei a escrever o mais breve possível. Não me deixem só.
Estou com um monte de trabalho. E não é só isso, final de semestre da Pós.
Enfim, ninguém me prometeu uma vida justa. Mas às vezes tenho a sensação de que o dia deveria ter 72 horas para que eu pudesse fazer ao menos 50% das coisas que eu preciso fazer.
Meu aniversário está chegando, e junto com ele o inferno astral passará. Sendo assim, voltarei a escrever o mais breve possível. Não me deixem só.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Um pouco verde
Maurício não tinha dó nem piedade. Aproveitava-se de sua carreira musical para traçar garotinhas. Garotinhas, porém nada inocentes.
É impressionante como um homem que toca algum tipo de instrumento se torna lindo. O cidadão pode tocar oboé, ser vesgo, careca e barrigudo, e mesmo assim, elas encontrarão um charme: "Ele tem covinhas quando ri. Tão fofo!".
Mas com Maurício não era assim. Além de músico virtuoso, era bonito, e sabia muito bem aproveitar seus dons.
Gostava de selecionar o prato do dia durante o show. Olhares e sorrisos davam um retorno de 100%. Nunca houve uma mulher que não caira em sua lábia.
Cíntia não era bonita. Os mais bondosos diziam que ela era charmosa. Outros, mais ácidos, a chamavam de feia mesmo. Estava acima do peso e usava roupas cafonas. Mesmo sendo alguém extremamente agradável, era difícil alguém prestar atenção nela.
Assim como muitas mulheres, se encantou por Maurício. O grande diferencial de Cíntia é que ela jamais esperou um cortejo, sempre foi à caça. E com Maurício não foi diferente.
No camarim, entre tantas mulheres, ela nem foi notada. Esperou pacientemente a sua vez de falar com o músico. Assim que todas foram embora, ela se aproximou.
A conversa durou mais de duas horas. Os risos eram constantes, e as afinidades também.
O grande problema era físico. Maurício, por ser casado, só se arrisacava em casos que realmente valessem a pena, fisicamente falando. E este, definitivamente, não era o caso de Cíntia. Ele dizia que ela precisaria mudar muito para ter uma chance. E quando os amigos brincavam sobre o futuro daquele flerte, ele dia que ela ainda não estava madura.
A noite acabou sem grandes aproximações físicas, apenas um beijo no rosto de despedida.
Depois desta primeira noite vieram muitas outras. Todas com o mesmo desfecho.
E depois de muito tempo, Cíntia desistiu.
Já havia passado mais de três anos quando se reencontraram. Cíntia já não era mais cafona, e tinha um corpo de fazer inveja a muita capa de revista Boa Forma.
Para Mauricio foi difícil reconhecer Cíntia, mas ao reconhecer, não acreditou no que via. Agora sim havia chegado o momento dela, finalmente estava pronta.
Saíram do bar e foram direto para o motel.
Segundo Maurício, foi a primeira vez que aquilo havia acontecido. Não conseguia entender o real motivo para aquela situação.
Até hoje ele espera uma segunda chance com Cíntia. Pelo que sei, ela diz à ele que ele ainda não está maduro.
É impressionante como um homem que toca algum tipo de instrumento se torna lindo. O cidadão pode tocar oboé, ser vesgo, careca e barrigudo, e mesmo assim, elas encontrarão um charme: "Ele tem covinhas quando ri. Tão fofo!".
Mas com Maurício não era assim. Além de músico virtuoso, era bonito, e sabia muito bem aproveitar seus dons.
Gostava de selecionar o prato do dia durante o show. Olhares e sorrisos davam um retorno de 100%. Nunca houve uma mulher que não caira em sua lábia.
Cíntia não era bonita. Os mais bondosos diziam que ela era charmosa. Outros, mais ácidos, a chamavam de feia mesmo. Estava acima do peso e usava roupas cafonas. Mesmo sendo alguém extremamente agradável, era difícil alguém prestar atenção nela.
Assim como muitas mulheres, se encantou por Maurício. O grande diferencial de Cíntia é que ela jamais esperou um cortejo, sempre foi à caça. E com Maurício não foi diferente.
No camarim, entre tantas mulheres, ela nem foi notada. Esperou pacientemente a sua vez de falar com o músico. Assim que todas foram embora, ela se aproximou.
A conversa durou mais de duas horas. Os risos eram constantes, e as afinidades também.
O grande problema era físico. Maurício, por ser casado, só se arrisacava em casos que realmente valessem a pena, fisicamente falando. E este, definitivamente, não era o caso de Cíntia. Ele dizia que ela precisaria mudar muito para ter uma chance. E quando os amigos brincavam sobre o futuro daquele flerte, ele dia que ela ainda não estava madura.
A noite acabou sem grandes aproximações físicas, apenas um beijo no rosto de despedida.
Depois desta primeira noite vieram muitas outras. Todas com o mesmo desfecho.
E depois de muito tempo, Cíntia desistiu.
Já havia passado mais de três anos quando se reencontraram. Cíntia já não era mais cafona, e tinha um corpo de fazer inveja a muita capa de revista Boa Forma.
Para Mauricio foi difícil reconhecer Cíntia, mas ao reconhecer, não acreditou no que via. Agora sim havia chegado o momento dela, finalmente estava pronta.
Saíram do bar e foram direto para o motel.
Segundo Maurício, foi a primeira vez que aquilo havia acontecido. Não conseguia entender o real motivo para aquela situação.
Até hoje ele espera uma segunda chance com Cíntia. Pelo que sei, ela diz à ele que ele ainda não está maduro.
terça-feira, 3 de junho de 2008
E-mail. Só mande se for necessário.
Eu não sei vocês, mas houve uma época em minha vida em que eu adorava receber e-mail.
Isso foi logo quando começou este lance de internet. Ficava chateada quando todo mundo recebia e-mail, e eu não.
De uns tempos pra cá tenho ódio mortal a este tipo de correspondência. Infelizmente é um mal necessário. Mas isso não vai fazer com que eu goste mais deste meio de comunicação moderno.
Odeio quando me perguntam: Nossa, mas você não viu seu e-mail?
Ao chegar ao trabalho é a primeira coisa que eu faço, ler os tais e-mails. Hoje eu cronometei. Gasto cinquenta minutos do meu tempo lendo e respondendo e-mail.
Recentemente adotei uma regra contra o duplo manuseio. Ler e responder. Nunca deixar para depois, porque o depois nunca chega.
Mas confesso que está extremamente difícil seguir a minha própria regra.
Eu leio aproximadamente cinquenta e-mails por dia. Com esta meta eu poderia ler um livro a cada dois dias. Absurdo!
E mesmo com esta realidade, tem gente que perde seu valioso tempo mandando corrente. Não consigo entender.
O que leva uma pessoa ler um e-mail gigante dizendo que se ela não mandar aquela merda o pinto dela vai cair?
E além de ler, o infeliz faz questão de mandar para as trezes pessoas que a corrente manda.
E o mais interessante. Se são só treze pessoas, eu só queria saber os reais motivos para as pessoas SEMPRE me incluírem nas correntes.
E se todos os males prometidos nas correntes acontecerem de verdade, não passarei dos 30.
Isso foi logo quando começou este lance de internet. Ficava chateada quando todo mundo recebia e-mail, e eu não.
De uns tempos pra cá tenho ódio mortal a este tipo de correspondência. Infelizmente é um mal necessário. Mas isso não vai fazer com que eu goste mais deste meio de comunicação moderno.
Odeio quando me perguntam: Nossa, mas você não viu seu e-mail?
Ao chegar ao trabalho é a primeira coisa que eu faço, ler os tais e-mails. Hoje eu cronometei. Gasto cinquenta minutos do meu tempo lendo e respondendo e-mail.
Recentemente adotei uma regra contra o duplo manuseio. Ler e responder. Nunca deixar para depois, porque o depois nunca chega.
Mas confesso que está extremamente difícil seguir a minha própria regra.
Eu leio aproximadamente cinquenta e-mails por dia. Com esta meta eu poderia ler um livro a cada dois dias. Absurdo!
E mesmo com esta realidade, tem gente que perde seu valioso tempo mandando corrente. Não consigo entender.
O que leva uma pessoa ler um e-mail gigante dizendo que se ela não mandar aquela merda o pinto dela vai cair?
E além de ler, o infeliz faz questão de mandar para as trezes pessoas que a corrente manda.
E o mais interessante. Se são só treze pessoas, eu só queria saber os reais motivos para as pessoas SEMPRE me incluírem nas correntes.
E se todos os males prometidos nas correntes acontecerem de verdade, não passarei dos 30.
domingo, 1 de junho de 2008
O maior amor do mundo
Era final de julho quando seu vôo aterrizou em Guarulhos. Vinte e quatro horas de viagem. Seu corpo doía muito, parecia ter levado uma surra. Mas mais que seu corpo, sua alma.
Olhou em volta e não viu os cartazes, os sorrisos, os amigos. Não havia ninguém a sua espera. Uma realidade bem diferente da última vez que esteve no Brasil.
Ninguém sabia de sua chegada. Ninguém a esperava porque não era para ela estar ali.
Depois de mais de cinco anos morando em Paris, seu marido havia recebido uma proposta de uma empresa japonesa, e teriam que morar no Japão. Mesmo sabendo que seria uma mudança radial em sua vida, Raquel em momento algum cogitou a idéia de não acompanhá-lo nesta nova fase.
Mudava de país pela quarta vez em dez anos de casamento.
Antes de ir para o Japão, passou pelo Brasil para visitar amigos e parentes. Enquanto isso seu marido organizava a nova vida no Japão.
Ao término de um mês, foi para o Japão ao encontro de Rogério.
A casa ficava no bairro de Miyagawa, conhecido como bairro das gueixas.
Ficou encantada com toda aquela atmosfesra oriental. E por alguns minutos cogitou a felicidade em uma cultura tão distinta da sua.
A casa não era muito grande, mas era bastante acolhedora. Rogério havia feito uma decoração muito parecida com a da antiga casa.
Ele a recebeu com um jantar japonês para desejar boas vindas.
Conversaram a noite toda. Já embreagados, foram domir.
Já fazia uma semana que estava no Japão. E em uma semana, não fizeram sexo sequer uma vez. No começo achou que poderia ser o cansaço, mas depois de tentar algumas vezes, chegou a conclusão que o problema era outro.
Estavam deitados em um silêncio sepucral. Incomodada, Raquel puxou a conversa:
- Algo aconteceu...
- O que quer dizer com isso?
- Estamos diferentes. Eu te fiz alguma coisa?
- De jeito algum. Estou muito agradecido por você ter aceitado vir pra cá.
- Agradecido. Acho que esta palavra é a chave de tudo. A palavra correta é feliz. Mas não é o que parece. Você não está feliz.
- Não.
- O que eu posso fazer?
- Nada.
- Nada?
- Não há nada que você, ou eu, possamos fazer. O meu amor por você acabou.
- Em que momento?
- Não sei explicar o momento exato em que isso aconteceu. Mas aconteceu. E não há explicação sensata para isso. Sei que esse mês sozinho me fez perceber que já não te amo mais.
- E esperou eu atravessar o mundo para me falar?
- Queria que eu fizesse isso por telefone?
- Eu vou embora.
- Não precisa sair daqui correndo. Fique o tempo que precisar.
- Como você quer que eu permaneça ao seu lado? Acabo de descobrir que a pessoa que eu amo, não me ama mais.
Não conseguiu chorar. Não conseguiu prosseguir a conversa. Arrumou as malas e saiu no meio da noite. Dormiu em um hotel. No dia seguinte comprou uma passagem para o Brasil.
Passou dez anos de sua vida ao lado daquele homem. O acompanhou por todas as partes do mundo. Fez tudo por aquele casamento. Agora estava sozinha. Sentia-se como uma criança com medo do escuro.
Ao chegar em casa abraçou sua mãe, e chorou.
Sayuri nasceu em abril do ano seguinte.
Rogério nunca soube que era pai.
Na noite em que Raquel saira de casa, Rogério enforcou-se.
Um bilhete explicava o motivo.
"Raquel,
Sou um biltre. Mudei para o Japão porque meu amante havia vindo para cá. Ele mesmo me indicou para o novo emprego. Quando eu lhe disse que o amor havia acabado, e vi em seus olhos o quanto você me amava, me senti culpado pela sua infelicidade. Me senti culpado por não te amar. Deveria ter sido mais honesto com você. O amor não acabou, ele nunca existiu. Nunca me separei porque era importante manter as aparências. O único momento em que fui verdadeiramente homem foi quando terminei nossa relação. Mas não sou homem o suficiente para conviver com as minhas escolhas. Espero que seja feliz."
Rogério nunca amou Raquel, porém lhe propiciou vivenciar o maior amor do mundo, o amor de mãe.
Olhou em volta e não viu os cartazes, os sorrisos, os amigos. Não havia ninguém a sua espera. Uma realidade bem diferente da última vez que esteve no Brasil.
Ninguém sabia de sua chegada. Ninguém a esperava porque não era para ela estar ali.
Depois de mais de cinco anos morando em Paris, seu marido havia recebido uma proposta de uma empresa japonesa, e teriam que morar no Japão. Mesmo sabendo que seria uma mudança radial em sua vida, Raquel em momento algum cogitou a idéia de não acompanhá-lo nesta nova fase.
Mudava de país pela quarta vez em dez anos de casamento.
Antes de ir para o Japão, passou pelo Brasil para visitar amigos e parentes. Enquanto isso seu marido organizava a nova vida no Japão.
Ao término de um mês, foi para o Japão ao encontro de Rogério.
A casa ficava no bairro de Miyagawa, conhecido como bairro das gueixas.
Ficou encantada com toda aquela atmosfesra oriental. E por alguns minutos cogitou a felicidade em uma cultura tão distinta da sua.
A casa não era muito grande, mas era bastante acolhedora. Rogério havia feito uma decoração muito parecida com a da antiga casa.
Ele a recebeu com um jantar japonês para desejar boas vindas.
Conversaram a noite toda. Já embreagados, foram domir.
Já fazia uma semana que estava no Japão. E em uma semana, não fizeram sexo sequer uma vez. No começo achou que poderia ser o cansaço, mas depois de tentar algumas vezes, chegou a conclusão que o problema era outro.
Estavam deitados em um silêncio sepucral. Incomodada, Raquel puxou a conversa:
- Algo aconteceu...
- O que quer dizer com isso?
- Estamos diferentes. Eu te fiz alguma coisa?
- De jeito algum. Estou muito agradecido por você ter aceitado vir pra cá.
- Agradecido. Acho que esta palavra é a chave de tudo. A palavra correta é feliz. Mas não é o que parece. Você não está feliz.
- Não.
- O que eu posso fazer?
- Nada.
- Nada?
- Não há nada que você, ou eu, possamos fazer. O meu amor por você acabou.
- Em que momento?
- Não sei explicar o momento exato em que isso aconteceu. Mas aconteceu. E não há explicação sensata para isso. Sei que esse mês sozinho me fez perceber que já não te amo mais.
- E esperou eu atravessar o mundo para me falar?
- Queria que eu fizesse isso por telefone?
- Eu vou embora.
- Não precisa sair daqui correndo. Fique o tempo que precisar.
- Como você quer que eu permaneça ao seu lado? Acabo de descobrir que a pessoa que eu amo, não me ama mais.
Não conseguiu chorar. Não conseguiu prosseguir a conversa. Arrumou as malas e saiu no meio da noite. Dormiu em um hotel. No dia seguinte comprou uma passagem para o Brasil.
Passou dez anos de sua vida ao lado daquele homem. O acompanhou por todas as partes do mundo. Fez tudo por aquele casamento. Agora estava sozinha. Sentia-se como uma criança com medo do escuro.
Ao chegar em casa abraçou sua mãe, e chorou.
Sayuri nasceu em abril do ano seguinte.
Rogério nunca soube que era pai.
Na noite em que Raquel saira de casa, Rogério enforcou-se.
Um bilhete explicava o motivo.
"Raquel,
Sou um biltre. Mudei para o Japão porque meu amante havia vindo para cá. Ele mesmo me indicou para o novo emprego. Quando eu lhe disse que o amor havia acabado, e vi em seus olhos o quanto você me amava, me senti culpado pela sua infelicidade. Me senti culpado por não te amar. Deveria ter sido mais honesto com você. O amor não acabou, ele nunca existiu. Nunca me separei porque era importante manter as aparências. O único momento em que fui verdadeiramente homem foi quando terminei nossa relação. Mas não sou homem o suficiente para conviver com as minhas escolhas. Espero que seja feliz."
Rogério nunca amou Raquel, porém lhe propiciou vivenciar o maior amor do mundo, o amor de mãe.
Antitabagismo
Uma perna carbonizada, um feto, um ratinho bem feio, ou um cigarro impotente.
Não conheço um fumante que tenha parado de fumar por causa dessas fotos. Não contente com as fotos, resolveram apelar para vídeos.
Claro que é importante alertar a população para os riscos que corremos diariamente.
Por exemplo: peidar demais pode acabar com a camada de ozônio, dirigir em São Paulo pode acabar com a sua vida; respirar então, nem se fala. Nadar na Lagoa do Abaeté pode causar doenças de pele, receber salário mínimo é prejudicial à vida, roubar, se você for pobre, pode dar cadeia, ser corintiano pode causar problemas cardíacos. Enfim, ninguém nos prometeu uma vida justa.
E porque só nós fumantes somos obrigados a ver imagens desprezíveis de coisas carbonizadas?
Os fumantes não são fumantes porque querem. Não conheço um fumante que não queira parar.
Além de sofrermos pelo vício, ainda somos obrigados a recebermos este tratamento de choque?
Existem outras formas de se alertar a população. Não acredito em tratamentos de choque. Se funcionasse, aquelas propaganda bizarras sobre o uso de drogas, teria ajudado a diminuir o consumo de drogas. Mas não é o que as estatísticas mostram.
O dia do antitabagismo não ajuda em nada.
Mas já que as pessoas gostam de criar dias para combater alguma coisa, gostaria de deixar a sugestão de um amigo. O dia sem um puto.
Todo mundo sai de casa sem um puto para protestar contra a má distribuição de renda.
Não vai resolver nada, mas ao menos será engraçado.
Não conheço um fumante que tenha parado de fumar por causa dessas fotos. Não contente com as fotos, resolveram apelar para vídeos.
Claro que é importante alertar a população para os riscos que corremos diariamente.
Por exemplo: peidar demais pode acabar com a camada de ozônio, dirigir em São Paulo pode acabar com a sua vida; respirar então, nem se fala. Nadar na Lagoa do Abaeté pode causar doenças de pele, receber salário mínimo é prejudicial à vida, roubar, se você for pobre, pode dar cadeia, ser corintiano pode causar problemas cardíacos. Enfim, ninguém nos prometeu uma vida justa.
E porque só nós fumantes somos obrigados a ver imagens desprezíveis de coisas carbonizadas?
Os fumantes não são fumantes porque querem. Não conheço um fumante que não queira parar.
Além de sofrermos pelo vício, ainda somos obrigados a recebermos este tratamento de choque?
Existem outras formas de se alertar a população. Não acredito em tratamentos de choque. Se funcionasse, aquelas propaganda bizarras sobre o uso de drogas, teria ajudado a diminuir o consumo de drogas. Mas não é o que as estatísticas mostram.
O dia do antitabagismo não ajuda em nada.
Mas já que as pessoas gostam de criar dias para combater alguma coisa, gostaria de deixar a sugestão de um amigo. O dia sem um puto.
Todo mundo sai de casa sem um puto para protestar contra a má distribuição de renda.
Não vai resolver nada, mas ao menos será engraçado.
Não percam tempo!
Juro que eu ainda dou risada quando leio matérias sobre o estato civil alheio.
Fulano de tal está solteiro.
A bola da vez é George Clooney.
Prováveis chamadas para esta notícia que abalará o mundo.
- Mulheres, se rasguem. Ele está solteiro.
- 47 anos, gostoso, lindo, vitaminado e... disponível no mercado!
- Meninas, façam suas apostas, ele está livre.
- Mais esperado que chocolate em dia de Tpm. George Clooney está solteiro.
Tenham fé, meninas. A última namorada de Clooney tinha 29 anos, e era garçonete.
Sendo assim, qualquer uma pode ter em seu currículo amoroso um dos homens mais cobiçados do planeta.
Sonhar é de graça.
Fulano de tal está solteiro.
A bola da vez é George Clooney.
Prováveis chamadas para esta notícia que abalará o mundo.
- Mulheres, se rasguem. Ele está solteiro.
- 47 anos, gostoso, lindo, vitaminado e... disponível no mercado!
- Meninas, façam suas apostas, ele está livre.
- Mais esperado que chocolate em dia de Tpm. George Clooney está solteiro.
Tenham fé, meninas. A última namorada de Clooney tinha 29 anos, e era garçonete.
Sendo assim, qualquer uma pode ter em seu currículo amoroso um dos homens mais cobiçados do planeta.
Sonhar é de graça.
O fim
Devo admitir. Gosto de novelas. Às vezes tenho vergonha de dizer isso, mas é a mais pura verdade.
E aos poucos fui descobrindo em meu convívio pessoas que gostam de novela.
Pessoas estas que eu jamais imaginaria.
- Vamos sair?
- Claro. Vem pra cá, a gente vê a novela, e sai depois.
- Ainda bem que você comentou. Pensei nisso. Só vou sair depois de ver o final da novela.
- Vem pra cá. Vamos assistir o final todo mundo junto.
Advogado, professor, psicólogo, comunicólogo. Pessoas que nunca manifestaram seu gosto peculiar pela dramaturgia, estavam esperando o final da obra de Aguinaldo Silva.
Não dá para explicar este tipo de comportamento.
Esta foi uma das piores novelas de todos os tempos. Até os bons atores estavam ruins. Salvo Marília Pêra.
Ficamos o tempo todo rindo e metendo o pau. Mas se é uma merda, não consigo entender o motivo pelo qual queríamos tanto ver o final. Somos masoquistas?
Em dado momento surgiu uma explicação para um dos piores argumentos da história. Aguinaldo Silva usou drogas a novela inteira. Quando estava chegando no final da novela, alguma alma resolveu dizer para ele dar um tempo com as drogas, aí deu no que deu.
Sem drogas, e sem a menor idéia de como terminar a novela, Aguinaldo entrou em crise. Deixou Wolf Maia decidir como terminar a novela. Wolf Maia, que até então, tinha um papel secundário na novela, decidiu que ele seria o cadeirudo, ou melhor, o sufocador. Não houve nenhuma explicação, ele só queria ter um final digno.
E assim seguiu o samba do crioulo doido.
O beijo gay, mais uma vez, foi podado. Aliás, o ator Luigui Palhares ficou a cara do Fred Mercury com aquele bigode.
Branca e Célia Mara, protagonizaram a briga mais patética da história da televisão brasileira.
Ferraço se entregou de livre espontânea vontade à justiça, passou dois anos preso, e saiu da cadeia com a aparência de quem sai de um spa.
Mesmo na merda, ainda mantinha celular Blackbarry, com linha. Inclusive, o mesmo número de quando entrou na cadeia. Porque assim que colocou os pés para fora, recebeu uma chamada de Maria Paula.
E não é só isso, ainda mantinha o mesmo carro! Se Maria Paula estava em Búzios (que a novela insistiu em chamar de Caribe), onde deixaram o carro dele? Na garagem da penitenciária?
Silvia acabou em Paris. Isso até minha irmã de 8 anos de idade sabia que aconteceria. E a Globo, num momento mão de vaca, resolveu resgatar as cenas dos primeiros capítulos da personagem pedalando pelas ruas de Paris, e colocar no final.
E o que a Alzira foi fazer em Ibiza? Pelo que eu saiba, Ibiza é praticamente uma cidade gay. Eles gostam de homens descendo no cano, não mulheres.
Enfim, nenhuma novidade. Qualquer dia eu mando uma novela para a Globo. Acho que está mais que na hora de ter novos autores.
Não me espanta a Record emplacar seus mutantes. As novelas globais estão tão óbvias e repetitivas, que só resta apelar para um absurdo mais deslavado.
E aos poucos fui descobrindo em meu convívio pessoas que gostam de novela.
Pessoas estas que eu jamais imaginaria.
- Vamos sair?
- Claro. Vem pra cá, a gente vê a novela, e sai depois.
- Ainda bem que você comentou. Pensei nisso. Só vou sair depois de ver o final da novela.
- Vem pra cá. Vamos assistir o final todo mundo junto.
Advogado, professor, psicólogo, comunicólogo. Pessoas que nunca manifestaram seu gosto peculiar pela dramaturgia, estavam esperando o final da obra de Aguinaldo Silva.
Não dá para explicar este tipo de comportamento.
Esta foi uma das piores novelas de todos os tempos. Até os bons atores estavam ruins. Salvo Marília Pêra.
Ficamos o tempo todo rindo e metendo o pau. Mas se é uma merda, não consigo entender o motivo pelo qual queríamos tanto ver o final. Somos masoquistas?
Em dado momento surgiu uma explicação para um dos piores argumentos da história. Aguinaldo Silva usou drogas a novela inteira. Quando estava chegando no final da novela, alguma alma resolveu dizer para ele dar um tempo com as drogas, aí deu no que deu.
Sem drogas, e sem a menor idéia de como terminar a novela, Aguinaldo entrou em crise. Deixou Wolf Maia decidir como terminar a novela. Wolf Maia, que até então, tinha um papel secundário na novela, decidiu que ele seria o cadeirudo, ou melhor, o sufocador. Não houve nenhuma explicação, ele só queria ter um final digno.
E assim seguiu o samba do crioulo doido.
O beijo gay, mais uma vez, foi podado. Aliás, o ator Luigui Palhares ficou a cara do Fred Mercury com aquele bigode.
Branca e Célia Mara, protagonizaram a briga mais patética da história da televisão brasileira.
Ferraço se entregou de livre espontânea vontade à justiça, passou dois anos preso, e saiu da cadeia com a aparência de quem sai de um spa.
Mesmo na merda, ainda mantinha celular Blackbarry, com linha. Inclusive, o mesmo número de quando entrou na cadeia. Porque assim que colocou os pés para fora, recebeu uma chamada de Maria Paula.
E não é só isso, ainda mantinha o mesmo carro! Se Maria Paula estava em Búzios (que a novela insistiu em chamar de Caribe), onde deixaram o carro dele? Na garagem da penitenciária?
Silvia acabou em Paris. Isso até minha irmã de 8 anos de idade sabia que aconteceria. E a Globo, num momento mão de vaca, resolveu resgatar as cenas dos primeiros capítulos da personagem pedalando pelas ruas de Paris, e colocar no final.
E o que a Alzira foi fazer em Ibiza? Pelo que eu saiba, Ibiza é praticamente uma cidade gay. Eles gostam de homens descendo no cano, não mulheres.
Enfim, nenhuma novidade. Qualquer dia eu mando uma novela para a Globo. Acho que está mais que na hora de ter novos autores.
Não me espanta a Record emplacar seus mutantes. As novelas globais estão tão óbvias e repetitivas, que só resta apelar para um absurdo mais deslavado.
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