sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Ao esmo, amor.

 Terminei ontem o livro da Ana Suy - A gente mira no amor e acerta na solidão. Recomendo, inclusive. 

Me trouxe diversas reflexões. Mas devo admitir que nem foia Ana Suy que me fez voltar por aqui. É a obervação do dia a dia mesmo. 

Uma amiga está namorando faz um tempo. E de uns tempos pra cá, sem conhecimento algum, sem nenhum embasamento, eu me achei no direito de observar a relação e tirar conclusões. Como se eu não tivesse uma vida pra cuidar. Acho que todo mundo já fez isso, então não me sentirei culpada.

Eu amo o apaixonamento do cara. Amo real. Ela pode falar o que quiser, xingar, fazer birra, se jogar no chão, emitir qualquer tipo de opinião, que o cara vai estar lá. Sendo bem honesta, não sei se o contrário é verdadeiro. E, de novo, isso são vozes da minha cabeça. Aqui não tenho nenhum compromisso com a verdade, só com a minha, "taokey?".

E eu não sei se eu quereria um apaixonamento sem a pitada do dedo na cara. Mas aí entra a Ana Suy, ela disse que quando estamos apaixonados, não temos espaço para a realidade, é uma ilusão da expectativa. "O nosso amor a gente inventa", já dizia Cazuza. Mas voltando ao apaixonado...

Não sei se acredito em gente apaixonada. Gente apaixonada vê a pessoa alvo da paixão com muita positividade. Nem eu me acho tão foda assim, sabe. Eu sou meio caótica, sem foco, uma metralhadora de falácias, eu sou esquisita pra cacete. Então se alguém se apaixona por mim, e começa a achar tudo que eu faço genial, sensacional, maravilhoso, eu vou desapaixonar no dia seguinte. E sabe porquê? Porque a gente se apaixona pelo nosso espelho, e meu espelho é bem sarcástico para aceitar esse namastê todo. Quer me amar? Vem no caos que disso eu entendo.