quarta-feira, 21 de junho de 2017

Não existe mais romance em lugar algum #4

Homens, vocês desapontam. Em qualquer lugar do mundo sempre há um imbecil. Um, não. Uma caralhada de homens imbecis.
Não sei exatamente o que andam botando na água, mas a relação anda cada dia mais difícil.
Há exceções? Sempre há. Mas não estou aqui para falar de exceções. Não me recordo da minha última exceção.

Estou no mundo, estou na vida, e estou para me divertir - claro. Mas devo admitir que nem divertido tem sido.
Não sei se a gente mudou e estamos mais disponíveis, ou perdemos o respeito, ainda não consegui identificar direito, mas os homens simplesmente não são mais homens.
Então, como um dever cívico, resolvi escrever sobre o tema.

Bora lá, meninos.
Sim, em algum momento ela vai fazer sexo com você. Vai acontecer, confie em mim. Pode ser no primeiro encontro? Claro que pode! Mas não é uma obrigação. Não entenda que pagar uma cerveja é equivalente a pagar por sexo. As coisas acontecem.

Romantismo não é só utilizado com quem a gente quer casar e constituir uma família. Ser gentil, educado, bom papo e etc, vale para qualquer situação, até mesmo aquelas que você não se interessou pela pessoa, fisicamente falando. Tenha paciência. Nada melhor do que algo conquistado.

Marcar um sexo. Eu sei que isso acontece. Mas parece que você marcou uma consulta ginecológica. 15h - sexo na minha casa - fim. Pode acontecer? Pode! É legal? Até é. É regra? Não!
Ser direto pode ser bem desagradável, ainda mais se está conhecendo a pessoa. Aí dirão alguns: "Quero deixar claro que é só sexo!". Você consegue fazer isso sem ser literal. Queimem alguns neurônios, usem a criatividade.
Como eu digo para algumas amigas "Me enganem um pouco. Eu sei o quê vai acontecer, não nasci ontem. Mas não precisa me mandar um texto por escrito, quase um contrato firmado de que será só sexo!". Chato! Isso é bem chato.

Não sei se o mundo mudou, ou eu que estou velha. Acho que os dois. Mas ando bem sem paciência para este tipo de approach.

Está faltando romance na vida. E quando eu falo isso, esqueçam os filmes. Estou falando de vida real. Estou falando de dois adultos se divertindo, se conhecendo melhor, dividindo um momento bacana, rindo, trocando, e mais uma vez, isso não é namoro, não é casamento, é só um jeitinho civilizado.
É bom caminhar pelas ruas e dividir um momento, mesmo que seja só um momento. É bom ter "namoros" de um dia. Que sejam leves, interessantes e porquê não, sexuais. Mas não deixem isso tatuado na testa. O mistério pode ser interessante para ambas as partes. Flertem, flertem, flertem, o sexo fica bem melhor depois de um bom flerte.

Depois de mais de três encontros horrorosos, eu só tenho isso pra dizer.






quinta-feira, 15 de junho de 2017

Dublin #3

No dia de hoje vamos aprender...
Sempre quis fazer um vídeo com este começo que todos os blogueiros fazem. Sempre começa com "No dia de hoje".

Bem, bem bem...É legal viajar? É sim, senhor. Mas antes de viajar vem a parte do planejar, que de fato é a parte mais mala (manja o trocadilho). Se for ficar um tempo na cidade tem coisas que precisam ser levadas em consideração.

Vou usar Dublin como exemplo.

Moradia: O mundo fala que é difícil encontrar moradia e etc. É um pouco, sim. Nada impossível. O problema é que todo mundo quer morar no centro. Aí, meu amigo, ou você é rico e aluga um lugar para chamar de seu, ou divide com 1983772 pessoas e um banheiro. Depende do seu grau de vontade$ de dividir sua privacidade.
Média dos aluguéis para dividir com um número indeterminado de pessoas - 330 euricos - No seco? às vezes inclui contas, mas outras não. Aí você põe mais 30 pilas. Internet aqui é bem barata. Telefonia no geral também.

Comida:  Ruim. Bom, deixa eu retirar os pêlos do coração. Pronto. Comida ok. Você acha um arroz bastili (parecido com o brasileiro), frutas, legumes e verduras num preço honesto, feijão ruim de lata num preço justo. Agora sobre o churrasco, esquece. Não terá. Carne? Esquece! Se você vem no modo econômico, vira artigo de luxo. Aquele bifinho bandejinha que a mamãe compra e faz acebolado, aqui custa em média 9 euricos. Não converte para não chorar.
Devo dizer que alimentação, pelo menos pra mim, tem sido uma boa despesa.
Outra coisa, fuma? Pare! Simplesmente pare! 11,30 euricos. Correspondente a duas paints. E se pensar em vigem...3 maços de cigarro = passagens para Escócia. Você quer ter câncer de pulmão ou viajar para Escócia?

Roupas:   Ah, chegando lá você compra! Hum, então, não é bem assim. Tem a Pennys (adoro o nome!). É barato? Sim, é. As roupas são legais? Hummmmm, não. Básico!
Comprei uma legging por lá que em 24 horas de uso já rasgou. Uso de pijama. Custou 3 euricos. Converte que é barato, meu povo. Mas a qualidade não é das melhores, não.
As demais lojas seguem o fluxo do Brasil. Coisas legais aqui você acha em brechó. Sim, seja vintage! E são brechós bem, bem, bem, legais.
Levo casaco? Não. Aqui vai precisar de um de chuva. Chove todo dia, não sei se mencionei.
Levo minhas roupas de frio? Se vier no verão, suas roupas de frio do Brasil servem pra cá. Olha que maravilha. Verãozão de 15 graus!

Transporte:  Luas, Darts, ônibus e bike. Ah, vou ser europeu e sair de bike por aí. É legal porque a cidade é pequena e plana. Mas você precisa ser resistente ao frio, chuva e vento. Vento aqui é um negócio sério, meio que te arrasta mesmo. Além disso, precisa conhecer as normas de trânsito e condicionar o cérebro à mão inglesa. Uma bike custa em média 120 euricos (uma boa!), você vai até achar por 50, mas não dura muito e a manutenção pode ser constante, tem que colocar na ponta do lápis. Se você for morar no centro e fazer tudo no centro, tem as Dublin bikes.
O busão é cobrado por trecho. Então você entra e fala pro motorista pra onde você vai. Lembrando que não existe trôco. Ande com moedas ou faça um leap card.
Uber não é uma opção em Dublin, mais caro que táxi. Tem algumas questões políticas envolvidas, logo o pessoal daqui não usa.

Passeios: Tô morando nesta bagaça e quero passear. Em média 25 euricos. Não sejam as pessoas que andam no busão turístico e depois dizem que conhecem a cidade. Andem, amores, só andem. Saiam do centro. Peguem o rio Liffey e siga o fluxo. No caminho vai encontrar coisas legais.
Eu não sou guia turístico. O que fazer em Dublin tem em qualquer site. Não seja preguiçoso!






Da série - Eu não sou esta pessoa.

Aniversário pra mim sempre é momento de reflexão. Bem mais que ano novo, bem mais que qualquer outra data. Afinal, é a minha data, o meu ano novo.
E eu comecei a fazer uma lista de coisas que eu acho que sou. Se bem que ser é muito complexo. Não entremos em questões filosóficas.
E, quando pensei em mim, lembrei que as pessoas me acham engraçada. Gastei um tempo pensando sobre isso.

Tempo atrás encontrei uma pessoa com a qual não tinha muita intimidade, mas que já trabalhamos juntos. Me conhece pouco e acompanha redes sociais.: "Vivi, você é muito engraçada!". Rio demais com os seus comentários e postagens.
Estranhei a frase, e também não soube colocar na caixa do elogio, não sabia onde colocar o adjetivo. Ri amarelo. Sequer agradeci. Não sei se a gente agradece por ser engraçado.
Minha mãe só tinha me ensinado a agradecer quando te dão as coisas, ou te acham bonita. Ela nunca me falou muito sobre o engraçado. "Vivi, se te chamarem de engraçada, agradeça!".

Tenho um outro amigo que faz uma introdução às pessoas sobre mim."Você precisa conhecer a Vivi. Você vai rir demais com ela. Super engraçada!". Aí já me sinto na obrigação de sacar o livrinho de anedotas do Ari Toledo. E eu sou a pior pessoa do mundo para contar piada, juro!

Conheci uma irlandesa dia desses, e com meu inglês nível "The book is on the table", a vi rir de descer uma lagriminha no canto do olho. Se bem que acho que ela ria do meu inglês mesmo, não do que eu estava falando. Mas no final soltou: "Você vai se dar muito bem por aqui. Você tem uma grande personalidade e é bem espirituosa".

E agora, acrescentando mais uma unidade no meu ano de vida, descubro que sou engraçada e espirituosa, segundo os outros.

A cruel realidade é que sou muito, muito, muito, muito, mau humorada, reclamona, preguiçosa, chata, e à vezes, um mood Charlie Brown - Peanut  (Óh, vida..Óh azar), uma excessiva melancolia com doses pequenas de depressão e bipolaridade. E o que é engraçado mesmo é as pessoas não perceberem isso.



quarta-feira, 7 de junho de 2017

A tia dos paranauês #2

O título já diz tudo. Esta sou eu.

Pensa assim, a maioria das pessoas que te cercam tem mais ou menos 15 anos a menos que você. E convenhamos que quando você tem 70, isso não faz muito diferença, mas quando você está na casa dos 30 e mais umas unidades quase mudando para outra casa decimal, dá uma pesada. E esta diferença grita!
Aí você já sabe. Não dá para vencê-los. Não quero ser mãe de ninguém. Não ando cuidando nem de mim ultimamente. Logo, junte-se à eles e torne-se a tia que manja dos paranauês.

Temporariamente estou numa casa com 7 pessoas. Eu! Eu que vivi os últimos 10 anos sem dividir a casa com uma tartaruga estou com esta galera, e sou a mais velha da casa - óbvio - eu já estava mentalmente preparada pra isso. Fiz yoga, pilates, corridas, e toda uma preparação física e mental para seguir sem grandes danos para eles, e para mim. Tem funcionado.

Já posso classificar este ano como o ano mais jovem da minha vida. A convivência com pessoas com ideias tão diferentes da minha, pessoas que começam a ver o mundo agora, que descobrem coisas que eu já sabia faz um tempo, é bem divertido. E com este pessoal todo dia é uma nova descoberta. "Sério mesmo que preciso colocar minha roupa de molho?" "Agora entendo quando minha mãe dizia para não andar de meia!" e por aí vai.
Então, se você tem filhos, tirem esses bostas do ninho e joguem no mundo, vão receber de volta pessoas muito melhores.

Já dou conselhos sentimentais, pergunto sobre o dia, tiro dúvidas sobre temas polêmicos, falo mal dos pais deles, e rezo para que se um dia eu for mãe, seja tão moderna e descolada quanto sou hoje. Afinal, dar conselho pro filho alheio é fácil.

Semana que vem mudo para a versão menos Malhação. Longe do centro os "xovens" não querem morar. Então vou me juntar aos "old school" de D11.

Irlanda - Dublin #1

Bem, bem, bem...Como já é sabido pelos mais próximos, ou os que de alguma forma resolvem dar uma olhada nas redes sociais, estou na Irlanda. Sim, caros, mudei para Dublin.
E você se pergunta "Why, Father?". E eu respondo "I don´t know".
Mas vamos a um panorama geral. Tipo resumão da novela.

Estava indo trabalhar num lindo setembro em SP quando do nada, no meio da estrada, veio um troço que disse:"Run, Vivi, run" (estou muito gastando o inglês)! O famoso "Fuja para as montanhas". E, como tudo na minha vida, nada muito pensado, vim parar aqui em Dublin. E agora começa a minha saga Vivi na Irlanda.

Teremos choro? Teremos, sim senhor.
Teremos risadas? Teremos, sim senhor.
Teremos drama? Claro! Sou eu!
Enfim, este misto quente aí em cima. E plus perrengues!

Cidade Dublin - É um lugarzinho no meio do nada com sabor de chocolate por onde vagam gnomos. Esta é a minha definição para a cidade. É uma cidade pequena, vim de SP, logo tudo é pequeno.
O clima? Ah, o clima merece uma saga a parte. Mas um resumo é - chove. Chove pra caraleo. Venta? Claro que venta! Que graça teria você pegar um dia maravilhoso de chuva e não tomar uma rajada de vento na cara? E o sol? Quando ele aparece é quase feriado. As pessoas saem de casa correndo como se não houvesse amanhã. Para suprir a ausência do sol, alguns tomam vitamina D em cápsula. Você já deve ter ouvido falar das irlandesas laranjas. Sim, o bronzeamento artificial deixam as mocinhas laranjas. E com 4 estações no mesmo dia, Dublin segue seu clima "sou interior mas não contem pra ninguém".

Irlandeses - Amores, aqui é a casa do Bono, viado! Só aí você já tem uma pequena ideia do tipo de gente que habita a ilha. Aliás, já me disseram que ele vem no Natal e anda pela cidade fazendo um som. Me diz se não é a melhor pessoa?
Super, mega, blaster, uper, simpáticos. Te ajudam mesmo quando você não pede.
Bebedores de cerveja natos, dão um banho em qualquer brasileiro que acha que manja dos paranauês.
Boas risadas, boa conversa, e não achem que o cidadão está dando em cima de você. Ele realmente só está sendo educado. 
NÃO SÃO RUIVOS! Aqui não é a terra das pessoas ruivas. Vi uns 3 até agora. Já me sinto enganada.
Mas independentemente da cor do cabelo, credo, religião, peso, altura, já estão na minha lista de pessoas do mundo que são boas de conversar e tomar cerveja. Sim, tenho esta lista.

E é neste resumo de cidade e pessoas que começo os relatos da fase Dublin do seriado da minha vida.
Sempre com aquela promessa de escrever mais e etc.