Chega a ser quase um esporte abrir meus e-mail. Sempre espero algo bizarro.
Até e-mail do Senhor Jesus eu já recebi. Não abri. Poderia ser uma missão, ou algo do gênero. Achei melhor não responder ao chamado divino.
Hoje chegou uma proposta fantástica de emprego. O e-mail começava desta forma:
"Somos uma multinacional americana com 27 anos no mercado e líder em seu segmento".
Isso significa que é uma empresinha vagaba que prefere nem citar o nome. Ou ainda, se citar, as pessoas podem reconhecer o nome, e nem aparacerem para a lavagem cerebral.
"Enfatizamos, também, que não se trata de uma vaga de emprego tradicional (com carteira assinada), e sim de um trabalho autônomo, com o suporte de três grandes empresas".
Ou seja, não seguimos a CLT, e vamos ferrar a sua vida.
"O objetivo do nosso contato é convidá-lo(a) para uma reunião de negócios onde será apresentada a empresa, os nossos parceiros e o plano de carreira e remuneração. "
Plano de carreira. Ou seja, a função que está em aberto é um saco, mas algum tempo depois você pode sair desta roubada. Não dá para você começar a trabalhar em algo que você vai querer sair logo. E a parte de reunião de negócios é só para o candidato se sentir importante.
"Procuramos profissionais empreendedores."
Resumindo. Queremos que você venda o produto da tal empresa americana líder em seu segmento.
Uma coisa devo admitir, era um e-mail bem educado. Mas no fim, eles procuravam um vendedor. Basta ler as entrelinhas.