E hoje começa oficialmente o inverno. Vamos engordar, minha gente.
Chega de corpos sarados andando pela rua. Chega de gente mostrando o que a academia deu, e que eu por uma preguiça descomunal, nunca terei. Chega de corpos nus. Coloquem seus casacos. Vistam-se como mendigos, e sejam felizes.
Já disse algumas vezes que o inverno só é chique para quem tem dinheiro. Nós, pobres mortais que compramos em lojas de departamento, vamos nos conformar com nossos casaquinhos baratex e sermos simpáticos com os amigos ao encontrá-los com a mesma promoção que a nossa. Vida que segue, sempre.
A preguiça que vem sendo minha companheira nos últimos tempos, agora tem uma desculpa aceitável "Está frio, porra! Pra quê sair!?". Tão bom ter boas desculpas para deitar no sofá com um monte de filmes velhos, doces, e minha companheira para a vida - preguiça.
Fato. Neste inverno, assim como os últimos 34, estarei sozinha. E sei que isso não vai mudar. O príncipe encantado não tem delivery. Imagine-se pedindo um príncipe por telefone?
- Oi, pode mandar um príncipe hoje?
- Claro, senhora Viviane.
- Olha, capriche hoje. O da semana passada não fazia massagem nos pés.
- Claro, senhora Viviane. Pedimos desculpas por isso. Prometemos mandar o que temos de melhor.
- É assim que se fala. É por isso que eu amo esse serviço!
Bom, nesta hora eu caio da cama. Doce sonho de consumo este serviço. Chamar príncipes em momentos de emergência, depois eles viram fumacinha. Nada de toalhas molhadas pela casa, muito menos roupas (sem ser as minhas) espalhadas pela casa. Só a parte boa do negócio.
Não me venham com garotos de programa. Príncipe Delivery é um negócio sério. O cara tem que ter lido bons livros, visto bons filmes, entender de vinhos, e ainda fazer massagem.
Depois dizem que perfeição não existe. Seria perfeito. Fica a dica para algum empreendedor.