Dentre as milhares de reflexões que faço logo quando acordo, esta me pareceu digna de fazer com que eu viesse ao computador escrever.
Senti saudades de mim. O ano de 2013 foi um grande ano. Foi o começo de muitas decisões. Parei de fumar, comecei a correr, iniciei um trabalho voluntário, e entrei o ano de 2014 correndo a São Silvestre. E nesta movimentação toda resolvi que não queria mais continuar na empresa que eu estava, e mudei de emprego em maio de 2014. E aceitei no meu coração que era um trabalho temporário, que em março de 2015 eu pegaria minha mochila e iria para Ásia. Continuar fazendo trabalho voluntário, conhecendo uma cultura diferente, e tudo isso.
Estava tudo tão certo, tão escrito, tão perfeito, que não teria erro.
Não teria.
No meio de 2014 entrei num ritmo insano de trabalho. As corridas que eram diárias foram diminuindo até deixarem de existir completamente em fevereiro de 2015. Dizia que depois do carnaval, depois do carnaval, e isso nunca mais aconteceu. Devido ao estresse, voltei a fumar. O trabalho da ONG, por trabalhar demais no trabalho novo, deixei de fazer no mês de dezembro de 2014. Deixei a ideia da Ásia porque me apaixonei. E no resumo está aí a grande bosta. Não podemos nos perder. Digo isso a mim mesma diariamente. Não posso me perder de mim. Já faz 8 meses que me perdi de mim. Hoje quando levantei, lembrei de mim, e resolvi me resgatar.
O trabalho é importante, sim. Mas não pode tomar tanto meu tempo. Trabalho 13 horas por dia. Durmo e acordo pensando no trabalho. Isso não é certo. Trabalho por mim, e estou esquecendo de mim.
Duas semanas atrás fiz uma tatuagem com a palavra "fé", e é isso. Preciso de fé, preciso acreditar em mim. Preciso me livrar de hábitos ruins.
Paixão só é boa quando nos faz bem. Trabalho é bom, mas não deve ser a coisa mais importante do mundo.
Projetos existem para nortear nossa vida. Mas podem ser mudados quando entendermos que é o momento.
Alguns passos foram dados. E começam por dentro. Fazer yoga, por exemplo. Comecei na yoga faz um mês, e foi uma das melhores escolhas que fiz em 2015.
Hoje começo a tentativa número 3 de parar de fumar. Estou segurando meu último maço de cigarro.
Correr é preciso, mesmo com frio. Faz bem à alma.
O trabalho da ONG será retomado assim que voltar das minhas férias. Férias são necessárias para organização mental.
Sobre a paixão, amanhã darei um "tchau" oficial. Porque "Só vale morar em alguém se não nos ausentarmos de nós". E senti bem forte, logo cedo, que me ausentei de mim.
Vida, pode colocar mais água no feijão que estou voltando.
quarta-feira, 13 de maio de 2015
domingo, 3 de maio de 2015
Otimista?
Ontem fiz uma tatuagem. Uma coisinha pequena. Nada de dor ou dramas. Uma palavra - fé.
E eu, que nunca fui uma pessoa de muita fé (sempre meio Thomé), tatuei fé. E sai com a palavra escrita no antebraço.
Faço as coisas por impulso. Sempre sem grandes planos. Sou daquelas pessoas que falam "Papua Nova Guiné? Claro! Podemos ir! Não conheço mesmo". E falo isso como quem está atravessando a rua para ir à padaria. Alguns me chamam de "sem opinião", ou "Maria vai com as outras". Eu me autodenomino "Maria vai com o que acha no momento". Mudo de ideia como quem muda de roupa.
Mas e no caso desta tatuagem? Não é como trocar de roupa. Está tatuado. Tive um momento de "pânico" de 3 segundos, e depois segui em frente. Faz parte da vida.
Sabe, no final, eu sou uma pessoa de fé. Há anos neste mercado de meu Deus, acreditando em príncipes encantados, acreditando que existe alguém muito especial esperando ser encontrado por mim, e que no final abriremos uma Doriana, e seremos felizes para sempre.
Fé é acreditar. E eu realmente acredito nos meus sonhos, nas minhas loucuras, nos meus medos, anseios, nos meus amigos...Fé na vida, fé no homem...De quem é essa música mesmo?
Fé no que virá.
E eu, que nunca fui uma pessoa de muita fé (sempre meio Thomé), tatuei fé. E sai com a palavra escrita no antebraço.
Faço as coisas por impulso. Sempre sem grandes planos. Sou daquelas pessoas que falam "Papua Nova Guiné? Claro! Podemos ir! Não conheço mesmo". E falo isso como quem está atravessando a rua para ir à padaria. Alguns me chamam de "sem opinião", ou "Maria vai com as outras". Eu me autodenomino "Maria vai com o que acha no momento". Mudo de ideia como quem muda de roupa.
Mas e no caso desta tatuagem? Não é como trocar de roupa. Está tatuado. Tive um momento de "pânico" de 3 segundos, e depois segui em frente. Faz parte da vida.
Sabe, no final, eu sou uma pessoa de fé. Há anos neste mercado de meu Deus, acreditando em príncipes encantados, acreditando que existe alguém muito especial esperando ser encontrado por mim, e que no final abriremos uma Doriana, e seremos felizes para sempre.
Fé é acreditar. E eu realmente acredito nos meus sonhos, nas minhas loucuras, nos meus medos, anseios, nos meus amigos...Fé na vida, fé no homem...De quem é essa música mesmo?
Fé no que virá.
Grávidas!
Hoje, tomando meu café e lendo
amenidades na internet, me deparei com a gravidez de Débora Secco - 34
anos, grávida do surfista/modelo/DJ/ator/dançarino e qualquer coisa que a
assessora de imprensa dele quiser, de 24 anos. Parabéns para ela.
Continuei tomando meu café, afinal, a gravidez de
Débora não muda minha vida. E na sequência, notícias do nascimento da filha de
Kate. Juro que perdi 12 minutos lendo algumas coisas sobre o nascimento da nova
jóia da coroa que brevemente será batizada de acordo com
os rituais da Igreja Anglicana, com direito à réplica de uma roupa usada pela
filha mais velha da rainha Victoria em seu batizado, em 1841.
Até aí, nada de novo.
Não tem nada de novo em nada disso, na verdade. Até a estupidez humana continua igual. Os comentários são as pérolas, a coroação da ignorância.
"Grande merda", "Foda-se", "Um bebê como tantos outros", "Qual a importância disso?".
Bem, a gravidez da Débora Secco não muda em nada a vida de muitas pessoas. Já o nascimento da filha do Príncipe William, sim.
E não me venham com comentários fúteis chamando os ingleses de imbecis. Eu queria ser imbecil num País desenvolvido, com cultura e tradição abundante, com uma moeda forte valendo R$ 4,50, educação acima da média, respeito às diferenças, cidadania, segurança e tudo aquilo que a gente, acompanhadores da gravidez de Débora, não temos a menor ideia.
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