Ser otimista, não é ser folgado ou preguiçoso. Porque esta é a desculpa dos falsos otimistas. "No final vai dar tudo certo". Só que se não meter a mão da massa, nem sempre o fator sorte irá ajudar. E contar com a sorte, não é otimismo, é preguiça mesmo.
E às vezes tenho esta estranha sensação com o otimismos brasileiro. Já não sei se ser um povo otimista é uma coisa bacana. E não vou começar a falar mal de brasileiro, como se eu não fosse uma, e colocar a culpa em mil e um acontecimentos históricos que nos levaram a nossa História atual. Mas o "jeitinho" me irrita. Me irrita pra caralho! Se tivesse que elencar as coisas que me irritam, esta estaria no topo da lista.
O cidadão tem um trabalho, correto? Neste trabalho, ele precisa carimbar papéis. Ele conhece a função dele, você sabe que isso é responsabilidade dele. Ele deve carimbar os papéis na ordem de chegada. Bem, temos as regras estabelecidas.
O carimbador está lá feliz, fazendo seu papel. Chega um amigo do carimbador, o cara que toma cerveja com ele. E sem a menor cerimônia, o carimbador passa o papel dele na frente dos demais que estão esperando, porque conhecem e respeitam o regra.
O amigo cervejeiro também conhece a regra, mas por saber que o carimbador "sempre quebra esse galho", trabalha a exceção como regra. E você, pobre mortal, que nunca tomou nem uma água com o carimbador, que se ferre. E o cervejeiro conta vantagem disso. Como se fosse um herói. E o pior, as pessoas que estavam na fila do carimbo, aguardando a ordem correta, o vêem como ídolo. "Pô, o cara é foda. Networking é tudo".
Aqui, na terra do jeitinho, até a palavra - networking- ganhou novo significado.