Eu não sou, nunca serei, e nem tenho a pretensão de ser, especialista em futebol.
Gosto da bagunça, gosto de xingar o juiz, a torcida adversária, a mãe dos outros, e essas coisas que o futebol proporciona.
Mas Copa do Mundo é um negócio a parte, sabe? E um negócio a parte no meu País. Pra mim, é história pra contar pra netos e o cacete. É pra juntar a molecada no boteco no futuro e falar tudo que se sabe de Copa. Porque não acompanho futebol, mas na Copa, viro especialista.
Está tendo Copa. Já foi meu filho. Vai ter Copa e foda-me, Governo.
Estava na Vila Madalena no dia 12/6. Abertura da Copa do Mundo. Babilônia, meus caros. Carnaval fora de época. Babel no Brasil. Mistura de cores, cheiros, gostos, músicas, gente, línguas e línguas (sim, repeti pela ênfase neste último item). E é isso. Pra mim, Copa é isso. Aliás, segue minha definição que usarei com os netos:
"Junta-se uma galera que não manja nada de futebol, mas durante um mês, são especialistas. Quem nunca jogou, participa do bolão da firma.
Gente do mundo todo assiste aos jogos.
Se você estiver no País da Copa, aproveite o intercâmbio cultural. Dance as músicas dos outros sem preconceito, aprenda a ouvir, respeitar e valorizar a sua cultura, e a dos demais. Impor nunca, nem na Copa, é o melhor caminho. Esta troca é importante para a vida. A Copa do Mundo é um exercício de respeito e convivência com as diferenças. Não é só futebol. A Copa é uma lição de respeito".
4 dias de Copa e eu já chorei algumas vezes. Ainda tem chão. Vou gastar muita lágrima ainda.
E não quero que a Dilma vá tomar no cu, antes que me perguntem.
domingo, 15 de junho de 2014
O livro, a árvore e os clichês
"Quando eu era criança lá em Barbacena". Só os talhados em barris antigos de carvalho lembrarão desta frase. Google, crianças, Google.
Vim de um tempo em que o Google, ah, nem vou falar em Google. Vou falar que sou de um tempo em que a internet discada era a descoberta da roda. E utilizá-la como usamos hoje, custaria um rim. Tempos em que o celular era do tamanho de um computador. E choquem-se, colocávamos aquilo na orelha.
Tenho este sentimento de "homem primata, capitalismo selvagem", sabe? Sou da antigas. Sou do tempo da ficha, meu caro. E isso é bom? Não sei. Mas achava um tédio quando minha mãe fazia essas comparações bestas, e me vejo fazendo igual. Ai, como ela mesmo diz: "O tempo ensina!" "Um dia você vai entender"
E mais um ano se passou, e este sentimento só aumentou. Cada ano que passa, ela fica mais velha. E isso passou a fazer muito sentido. E acho que já falei disso umas 5 vezes, no mínimo. O sentido das coisas acontecem com a idade, fato. E sempre me vem aquele sentimento de "Cacete, era tão óbvio!".
A idade e seus benefícios. A maturidade e a passagem das neuras infantis. A aceitação do que somos, pelo que somos, não pelo que temos, e toda esta coisa budista que invade a gente mesmo sem querer. E invade porque a experiência é assim. Dirão os mais céticos "Isso não tem a ver com idade". Eu digo, que no meu caso, sim. Tem umas paradas com rugas, flacidez, e cabelos brancos que eu não contava muito. Mas no mais, o saldo da idade é positivo. A vida é um eterno jogo de perdas e ganhos.
Faz poucas semanas eu plantei uma árvore. E foi engraçado pensar que nunca tinha feito algo tão clichê. Ri de mim. E aí lembrei de outra coisa que a idade nos trás, rir de nós mesmos sem a besteira de nos acharmos bobos. Diria Nelson : "Jovens, envelheçam!". Nelson, entre professor de putaria da minha vida toda, também se mostrou filósofo.
Perdi o medo do bicho papão da idade. Sim, estou com 33. A idade que dizem ser de Cristo. 33 com muito orgulho!
Não casei. Não tive filhos. Nunca namorei (Adoro esta parte), é a que choca as pessoas. E já nem sei se isso é tão relevante pra mim, mas me diverte dizer.
E tanta coisa me diverte. Me diverte estar com amigos, me diverte ler, me diverte ver bobagens na internet, me diverte saber que as pessoas são donas da razão e que passarão a vida discutindo o nada, me diverte a importância que se dá à cargos e poder, me diverte achar que a vida não pode ser só isso.
Uma casa no campo onde eu possa levar meus amigos, discos, livros e nada mais. E cada ano que passa eu penso mais nisso. E uso como lema. O universo há de ouvir.
Obrigada, 32. Foi bacana estarmos juntos. Terei excelentes histórias para contar de você.
33, vamos lá. Quero força, garra e determinação. Ando com planos abusados, viu?
Vim de um tempo em que o Google, ah, nem vou falar em Google. Vou falar que sou de um tempo em que a internet discada era a descoberta da roda. E utilizá-la como usamos hoje, custaria um rim. Tempos em que o celular era do tamanho de um computador. E choquem-se, colocávamos aquilo na orelha.
Tenho este sentimento de "homem primata, capitalismo selvagem", sabe? Sou da antigas. Sou do tempo da ficha, meu caro. E isso é bom? Não sei. Mas achava um tédio quando minha mãe fazia essas comparações bestas, e me vejo fazendo igual. Ai, como ela mesmo diz: "O tempo ensina!" "Um dia você vai entender"
E mais um ano se passou, e este sentimento só aumentou. Cada ano que passa, ela fica mais velha. E isso passou a fazer muito sentido. E acho que já falei disso umas 5 vezes, no mínimo. O sentido das coisas acontecem com a idade, fato. E sempre me vem aquele sentimento de "Cacete, era tão óbvio!".
A idade e seus benefícios. A maturidade e a passagem das neuras infantis. A aceitação do que somos, pelo que somos, não pelo que temos, e toda esta coisa budista que invade a gente mesmo sem querer. E invade porque a experiência é assim. Dirão os mais céticos "Isso não tem a ver com idade". Eu digo, que no meu caso, sim. Tem umas paradas com rugas, flacidez, e cabelos brancos que eu não contava muito. Mas no mais, o saldo da idade é positivo. A vida é um eterno jogo de perdas e ganhos.
Faz poucas semanas eu plantei uma árvore. E foi engraçado pensar que nunca tinha feito algo tão clichê. Ri de mim. E aí lembrei de outra coisa que a idade nos trás, rir de nós mesmos sem a besteira de nos acharmos bobos. Diria Nelson : "Jovens, envelheçam!". Nelson, entre professor de putaria da minha vida toda, também se mostrou filósofo.
Perdi o medo do bicho papão da idade. Sim, estou com 33. A idade que dizem ser de Cristo. 33 com muito orgulho!
Não casei. Não tive filhos. Nunca namorei (Adoro esta parte), é a que choca as pessoas. E já nem sei se isso é tão relevante pra mim, mas me diverte dizer.
E tanta coisa me diverte. Me diverte estar com amigos, me diverte ler, me diverte ver bobagens na internet, me diverte saber que as pessoas são donas da razão e que passarão a vida discutindo o nada, me diverte a importância que se dá à cargos e poder, me diverte achar que a vida não pode ser só isso.
Uma casa no campo onde eu possa levar meus amigos, discos, livros e nada mais. E cada ano que passa eu penso mais nisso. E uso como lema. O universo há de ouvir.
Obrigada, 32. Foi bacana estarmos juntos. Terei excelentes histórias para contar de você.
33, vamos lá. Quero força, garra e determinação. Ando com planos abusados, viu?
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