Eu não sou, nunca serei, e nem tenho a pretensão de ser, especialista em futebol.
Gosto da bagunça, gosto de xingar o juiz, a torcida adversária, a mãe dos outros, e essas coisas que o futebol proporciona.
Mas Copa do Mundo é um negócio a parte, sabe? E um negócio a parte no meu País. Pra mim, é história pra contar pra netos e o cacete. É pra juntar a molecada no boteco no futuro e falar tudo que se sabe de Copa. Porque não acompanho futebol, mas na Copa, viro especialista.
Está tendo Copa. Já foi meu filho. Vai ter Copa e foda-me, Governo.
Estava na Vila Madalena no dia 12/6. Abertura da Copa do Mundo. Babilônia, meus caros. Carnaval fora de época. Babel no Brasil. Mistura de cores, cheiros, gostos, músicas, gente, línguas e línguas (sim, repeti pela ênfase neste último item). E é isso. Pra mim, Copa é isso. Aliás, segue minha definição que usarei com os netos:
"Junta-se uma galera que não manja nada de futebol, mas durante um mês, são especialistas. Quem nunca jogou, participa do bolão da firma.
Gente do mundo todo assiste aos jogos.
Se você estiver no País da Copa, aproveite o intercâmbio cultural. Dance as músicas dos outros sem preconceito, aprenda a ouvir, respeitar e valorizar a sua cultura, e a dos demais. Impor nunca, nem na Copa, é o melhor caminho. Esta troca é importante para a vida. A Copa do Mundo é um exercício de respeito e convivência com as diferenças. Não é só futebol. A Copa é uma lição de respeito".
4 dias de Copa e eu já chorei algumas vezes. Ainda tem chão. Vou gastar muita lágrima ainda.
E não quero que a Dilma vá tomar no cu, antes que me perguntem.