Ando numa paixonite aguda pelo Xico Sá. Depois do Nelson, o Rodrigues, não achei que isso viria a acontecer novamente. Nelson, desculpe, minha carne foi fraca.
Em tempos de metrossexuais e mimimis masculinos intermináveis, Xico é um oásis. O macho jurubeba que gosta de mulher. Gosta de mulher de verdade. Não de mulher para apresentar aos amigos e sair de mãos dadas no shopping, como diria minha vó.
Macho em extinção. Lamentavelmente em extinção.
Uma vez sai com um cara que se amava. Mas se amava tanto, que a cada cinco ou, no máximo seis minutos, se olhava no espelho. Se o motel não tivesse espelho, era uma tortura. Como não olhar aqueles bíceps? No começo achava divertido. Engraçado mesmo. Dava risinhos internos. Mas depois de um tempo começou a me irritar.
Quero olhos nos olhos, o outro Chico, o Buarque, já dizia isso. E a relação entre ele e ele, em que eu era amante, acabou.
É por essas e por outras que clamo a volta do macho jurubeba. O que gosta de futebol, cerveja com amigos, e de mulher. Aliás, ponto fundamental. Gostar de mulher. Item raro nos dias de hoje.
E já diria meu amor platônico: Homem que é homem não sabe a diferença entre estria e celulite.
Talvez estejam todos no Crato. E se estiverem lá, Mônica Martelli, eu já conclamo: Homens são do Crato, e é pra lá que eu vou.