Hoje tem Axl Rose no Rock in Rio. Não posso dizer que será o Gun´s n Roses como todos querem acreditar. A banda não era só o Axl. Hoje sobrou somente Axl e Dizzy. Sendo assim, entendo que será um show do Axl. E mesmo só com o Axl, pode ser bom.
Tirei a manhã para ouvir Guns. E para os dias de hoje, ainda é bom. Qual banda faz o que Guns fazia? Nenhuma. Não existe mais banda de rock. Existe banda que vende discos. O rock está falecendo. Existe o rock progressivo, rock alternativo, rock melódico, rock gótico, rock com azeitonas, e etc, mas somente rock, este está difícil. Quando os titios e vovôs do rock se aposentarem de vez, o que vai sobrar? Talvez NXZero. E a gente merece isso? Não, não merecemos.
E por mais que o Axl seja insuportável, ele me faz lembrar um tempo em que existia somente o rock.
A gravação de "Sympathy for the Devil", bem como a tensão entre Axl e Slash, levou Slash a deixar a banda oficialmente em Outubro de 1996. Matt Sorum, foi demitido em abril de 1997 e, em seguida, o baixista Duff McKagan, se demitiu da banda em agosto de 1997. RIP Guns n Rose pra mim.
Axl lançou moda, criou polêmica, brigou com todo mundo, agora namora a Ellen Jabour, mas deixou um legado de músicas muito boas.
Não vou esquecer do álbum "The Spaghetti Incident?" que me fez ir ao Carrefour a noite comprá-lo assim que foi lançada. Disco que ouvi até riscar. Sim, os discos riscam. E dá uma vontade enorme de chorar.
Axl é performático, briguento, arrogante, e às vezes insuportável, mas mesmo assim vou esperar ele subir ao palco do Rock in Rio. E não me surpreenderá se fizer uma apresentação memorável. Porque apesar de não ser mais o sex symbol da minha adolescência, o cara tem uma coisa que está faltando nos dias de hoje, talento.