Já entediada de fazer artesanato, decidi que era hora de ver o que a minha cidade tinha a me proporcionar.
Liguei para uma amiga que não via desde os primórdios da humanidade e decidimos ir ao cinema, que diga-se de passagem não tem nenhum filme bom passando.
Imaginei que teria um cinema à disposição. Usaria duas poltronas, tiraria o sapato e colocaria as pernas para cima sem ter um ser humano para me encher o saco. Doce engano!
Chegamos ao shopping no meio da tarde e simplesmente não achávamos uma vaga para estacionar.
Depois de rodar uns quinze minutos pelo estacionamento, encontramos a tão sonhada vaga. Era o prenúncio do inferno. O shopping estava lotado.
Mesmo assim, imbuída do meu espírito brasileira, aquela que não desiste nunca, fui até o cinema. A fila estava quilométrica. Sim, quilômetros de fila.
Fala sério! Cinco horas da tarde e aquele inferno na Terra. Desistimos do cinema. Tentamos então comer alguma coisa. Mais fila. Este povo não tinha ido viajar?
Como estava com fome, aguentei firme e forte ser atendida.
A noite sai para tomar cerveja com outra amiga. Um calor do inferno, chovendo mais que no dia do dilúvio, e os bares cheios. Trânsito às onze da noite. Mais uma vez; este povo não tem o que fazer?
Hoje acordei com a idéia fixa de ir ao teatro. Entrei em todos os sites procurando uma boa peça. Surpresa, não tinha nenhuma. As que eu estava com vontade de assistir só voltam depois do dia 15 de janeiro.
Vai se ferrar!
Se viajo, tenho que disputar o metro quadrado de areia. Se fico em São Paulo, preciso brigar com as pessoas no trânsito, pegar filas e rezar para ter alguma coisa legal para fazer.
Defitivamente precisamos de uma campanha de natalidade urgentemente. Tem gente demais no mundo.