domingo, 10 de fevereiro de 2008

To be continued

Como recebi milhares de e-mails (mentira deslavada) solicitando a continuação da história "Minhas Joselitices", resolvi publicar.

Acabamos no "Alice?".

Ah, você não leu a história e não sabe do que se trata? Desça alguns posts, e se tiver paciência, leia.

Bem, tinha me dado por vencida. Depois da luta travada da última vez, eu havia desistido de brincar. Até ontem.

O telefone toca.

- Alice, estou ligando para avisar que sua amiga está bem!

Automaticamente pensei. Sequestraram a amiga da Alice. Bêbado é assim mesmo, demora para cair a ficha.

- Caro sequestrador, você deve ter ligado no número errado.

- É o Matheus.

Nesta hora, dentro da minha mente, toca a musiquinha de ligação a cobrar. Demorei para perceber que era o cara de alguns dias atrás.

- Ôpa. Quer dizer que ela chegou na paz do Senhor. Fico feliz! E você, está bem?

- Estou. E você, porque não está aqui?

- Porque...porque...ah, não sei. Só sei que não estou. A minha amiga resolveu sair da festa, e eu resolvi ficar. Acho que é por isso que não estou aí.

- Estou curioso para saber como você conseguiu meu telefone.

- Um bom jornalista jamais conta sua fonte. E a história é longa.

- Então vem me contar aqui.

- Putz, não dá. Estou no Alto da Lapa, muito longe daí.

- Ah, pena. Mas ainda quero saber como você me achou.

- Tudo bem, amanhã eu te acho de novo, e conto.

Sabe de uma coisa? Não estou com a menor vontade de prestar esclarecimentos. O clima de suspense é muito divertido para acabar assim. Ao menos ele sabe que serial killer eu não sou.