Como recebi milhares de e-mails (mentira deslavada) solicitando a continuação da história "Minhas Joselitices", resolvi publicar.
Acabamos no "Alice?".
Ah, você não leu a história e não sabe do que se trata? Desça alguns posts, e se tiver paciência, leia.
Bem, tinha me dado por vencida. Depois da luta travada da última vez, eu havia desistido de brincar. Até ontem.
O telefone toca.
- Alice, estou ligando para avisar que sua amiga está bem!
Automaticamente pensei. Sequestraram a amiga da Alice. Bêbado é assim mesmo, demora para cair a ficha.
- Caro sequestrador, você deve ter ligado no número errado.
- É o Matheus.
Nesta hora, dentro da minha mente, toca a musiquinha de ligação a cobrar. Demorei para perceber que era o cara de alguns dias atrás.
- Ôpa. Quer dizer que ela chegou na paz do Senhor. Fico feliz! E você, está bem?
- Estou. E você, porque não está aqui?
- Porque...porque...ah, não sei. Só sei que não estou. A minha amiga resolveu sair da festa, e eu resolvi ficar. Acho que é por isso que não estou aí.
- Estou curioso para saber como você conseguiu meu telefone.
- Um bom jornalista jamais conta sua fonte. E a história é longa.
- Então vem me contar aqui.
- Putz, não dá. Estou no Alto da Lapa, muito longe daí.
- Ah, pena. Mas ainda quero saber como você me achou.
- Tudo bem, amanhã eu te acho de novo, e conto.
Sabe de uma coisa? Não estou com a menor vontade de prestar esclarecimentos. O clima de suspense é muito divertido para acabar assim. Ao menos ele sabe que serial killer eu não sou.