sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Superinteresante...

A capa da Superinteressante do mês de janeiro me chamou a atenção. Não sou leitora da revista, mas vez ou outra a compro. Era uma matéria sobre personalidade: Personalidade. Por que você é assim?

E por esta matéria paguei R$ 9,75. O que, para uma pessoa desempregada, é uma fortuna.

Desde ontem procuro a bendita revista.


Perguntei para a minha mãe, e ela disse que não fazia idéia. Que a última vez que a vira, ela estava na mesa da sala.

A anã de oito anos que mora comigo chegou da escola. Era a última a ser interrogada sobre o sumiço da revista.

- Stephane, por acaso você viu uma revista que estava em cima da mesa?

- Vi, sim.

Silêncio.

- Viu? E onde ela está?

- Na minha escola, oras. Levei para recortar.

- O quê? Levou para recortar? A minha revista?

- Sim, isso mesmo. A professora pediu revistas. Achei esta, e levei. Algum problema?

- O problema é que paguei R$ 10,00 (arredondei) por ela, nem li, e você levou para recortar! Só isso. Não quero saber, você vai comprar outra pra mim. Vai ter que abrir o seu cofrinho.


- Quinta-feira, quando eu for para a escola, eu trago de volta. A professora guarda na caixinha, e só entrega na hora de recortar. E eu escrevi meu nome na capa, deve estar nas minhas coisas lá da escola.

- Você riscou minha revista?

- Foi só o meu nome, e de lápis.

- Eu vou pegar 10 reais do seu cofrinho e comprar outra, tá?

- Não vai, não. Eu duvido que você pagou R$10,00 naquela revista. Amanhã eu vou pesquisar o preço dela. Mas só vou comprar, se alguém tiver rasgado a que eu levei para escola.

E disse tudo isso com uma calma, que até deu vontade de esganar. Mas eu tenho 26 anos, e não posso brigar com uma criança de 8 anos, sem ser chamada de retardada.