O que eles farão amanhã? Dominarão o mundo! Que pergunta.
O Oscar, na verdade, é a festa do domínio cinematográfico. Não, não sou comunista.
Certo fazem os franceses, que pouco se importam com a tal festa, e fazem a sua. A entrega do César.
O cinema norte-americano funciona como uma indústria de verdade. O cinema norte-americano atingiu um alto grau de desenvolvimento mercadológico. Suas produções cinematográficas são acompanhadas de um bem elaborado plano de marketing. O cinema deixou de ser entendido apenas como arte, é negócio.
É um investimento milionário que não se pode dar ao luxo de fracassar nas bilheterias.
Atualmente não compramos apenas o filme. Compramos o álbum de figurinhas do filme, a pelúcia, as camisetas, adesivos, dvds e tudo mais que leve a marca do filme. Quem nunca foi obrigado por uma criança a ir no Mc Donals´s e comprar um determinado lanche só para ganhar um personagem do cinema?
Enquanto muitos brincam de fazer cinema, os Estados Unidos levam a tal brincadeira muito a sério.
Dá para ter um cinema de qualidade, e ainda ganhar com isso?
Acredito que dá, sim, para fazer um cinema de qualidade. Já ganhar com isso envolveria uma mudança radical no padrão cultural, o que levaria bastante tempo.
Estou tão acostumada com o cinema norte-americano, que ao alugar "Labirinto do Fauno", simplesmente havia esquecido que o filme não era norte-americano. Queria de qualquer jeito fazer com que as personagens falassem inglês. Demorei uns três minutos para lembrar que "Labirinto do Fauno" era uma produção mexicana. Ou seja, em espanhol.
Quero assistir "La vi en Rose". Filme que só está passando em dois cinemas na cidade de São Paulo.
Gemini 2 - 14 h
HSBC Belas Artes 6 -16:30
Ótimos horários em lugares bem acessíveis.