Ele tem conversado comigo. Ele é expansivo, tem um diálogo não-linear. Já me peguei falando com ele algumas vezes. O cara é tão bom, que palha de aço virou bombril.
Já criei uma relação de empatia com o ser em questão. Tanto é que, comercial da Bombril, sem ele, não é interessante.
O conheço desde pequena, e já o tenho como alguém da família. Ao lado de Pelé, Nelson Nedi, Reynaldo Gianechinni, ou qualquer outra celebridade, ele jamais se apaga. Vira também uma celebridade.
As experiências do garoto Bombril parecem me acompanhar, seus óculos são tão seus, que parecem fazer parte do rosto.
Ele é o amigo da dona-de-casa, não mais um personagem publicitário.
Ele é o agente mais forte dentro do aparelho ideológico que é a publicidade.
Há mais de 30 anos está na televisão vendendo Bombril.
E acho que por esta relação tão antiga, que aqui em casa, por mais caro que seja, usamos Bombril.
Acho que a minha mãe não compra o produto. Compra o cara de óculos que dança, canta, representa - amigão do Pelé, e nos acompanha há mais de 24 anos.
As Casas Bahia tentou ter seu garoto propaganda. Mas nada bate o garoto Bombril.
Acho que preciso ver menos televisão.