domingo, 22 de novembro de 2015

E as paixões servem para colorir.

Quando um sentimento enorme acaba, a gente tem a sensação de que nada melhor que aquilo pode acontecer. É como se a vida perdesse o sentido. E nunca, nunca, nunca, nunca mais se fosse sentir algo tão bom quanto aquilo. E eis que entra em campo o senhor de tudo - o tempo. E ele te prova que você está enganada.

A vida é surpreendente. E seria horrível, terrível, trágico, se você fosse capaz de se apaixonar somente uma vez na vida.
Tive a sorte de poder sentir diversas vezes este sentimento arrebatador.
E, de verdade, não sei viver diferente. Preciso estar apaixonada. Me apaixono por projetos, por mim, pelos outros, pelos sentimentos alheios, pelas histórias, por um dia lindo, seja lá o que de belo a vida pode oferecer, estou lá eu, apaixonada. E que bom que é assim...E que seja sempre assim.

E eis que a adolescência reaparece. Ah, doce adolescência num domingo de sol.

Adolescência combina com sol, sorvete, mãos dadas, assuntos intermináveis, abraços e fim de tarde. Fim de dia que tem 76 horas. O tempo perde a lógica. E a gente se perde nele. Foi ontem? Hoje? Aconteceu mesmo?
E você se perde nos pensamentos, as palavras ficam confusas, e tudo não faz muito sentido, e tudo é bossa nova.
Conheço esta canção, mas quero ouvi-la muitas e muitas vezes, como num disco riscado que eu guardo carinhosamente porque amo ouvir esta canção.

Você é canção. Canção que eu conheço e não canso de ouvir e cantar em silêncio porque é só pra mim.

Fica aqui ao meu lado. Fica aqui em silêncio porque até o silêncio é preenchido de coisas boas e intensas.

Fica aqui. Coloca sua mão sobre a minha, e vamos ficar assim o quanto o tempo nos permitir. Eterno? Nunca sei. Mas agora é eterno. E será eterno na minha memória como todas as boas paixões são.