sexta-feira, 25 de abril de 2014

Hoje eu quero voltar sozinho

Despretensiosamente fui ao cinema ontem. Sem grandes planos. Só queria distrair um pouco. Nada de cinema iraniano, nada de campos de arrozal, ou cinema conceito (seja lá o que isso significa).

Escolhi Hoje eu quero voltar sozinho.

Eu iria usar todos os adjetivos que conheço para escrever sobre o filme. Mas sai durante uns anos com um jornalista, e ele disse que não se escreve críticas usando 3000 adjetivos. Como fazer? Não sei. Vou tentar.

O filme é excelente (adjetivo 1). Não utiliza o velho clichê da sociedade julgando o certo ou o errado de uma relação homoafetiva. Estava meio cansada da vitimização do  homossexual. Até mesmo da escrachação caricata.
O mote do filme é a descoberta da sexualidade, não o fato de Leonardo ter escolhido um homem para guiá-lo na descoberta.

É um romance lindo (adjetivo 2). Romance que seria lindo se fosse entre duas mulheres, ou entre um homem e uma mulher, é singelo (adjetivo 3)  independentemente da opção sexual.

Eu tenho uma memória infinita de emoções. Não esqueço nada. E foi bem simples lembrar de todas as sensações e descobertas da adolescência vendo o filme.

Vale um saquinho de jujuba no cinema num domingo a tarde de outono.

Afinal, o filme é excelente, lindo e singelo ( todos os adjetivos na mesma frase. Matei o jornalista neste exato momento)