Quando eu nasci, em meados dos anos 80, meu pai saiu correndo pela vizinhaça para anunciar meu nascimento - momento menino Jesus. Bateu em todas as portas dizendo que era uma linda menina.
Modéstia à parte, acho que foi um dos dias mais felizes da vida dele. E daquele dia em diante aquele hippie de roupas coloridas era pai. Não sabia muito bem o que fazer com o título a ele entregue, mas assumiu o posto com maestria.
Enquanto meu pai vivia seus momentos de artista, minha mãe trabalhava para custear os devaneios dele. Uma família estranha essa minha.
Na casinha da Antônio Bezerra, 64, éramos felizes e não sabíamos. Ali não tinha luxo, os móveis eram coloridos (a geladeira era amarela), mas tínhamos o básico, uns aos outros.
No domino de manhã ele conprava mortadela fresquinha e tomávamos com o café da mamãe. A casquinha sempre era crocante.
O quintal era uma diversidade de opções para a minha fértil imaginação. Podia ser a floresta, o espaço, o ateliê, o que eu quisesse que fosse.
Queria que a minha vida voltasse a ser o meu quintal. Nele eu era rainha, tinha a proteção dos meus pais, e toda a alegria que uma criança pode ter. Corria, corria muito, pois sabia que ao primeiro grito, alguém apareceria com um band-aid para colocar no machucado.
Na vida adulta os machucados são constantes, mas a forma de lidarmos com eles não tem mais a criatividade e desenvoltura que tínhamos quando éramos criança.
Fechei os olhos e consegui ver a mesa do café da manhã do domingo. Que saudade da minha família completa, que saudade do meu pai.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
O tempo
Fazia tempo que não escrevia aqui. Já tinha até esquecido da existência do blog.
Mas depois de ler um texto do Alê, lembrei do blog.
Comecei a escrever em 2005. O motivo? Um carinha que me apaixonei que tinha blog. Era uma maneira de mostrar para ele que tínhamos muita coisa em comum. E foi através do tal carinha que conheci o Alê.
O cara é muito bom no que faz. Acompanhei diversas tentativas de blog até ele chegar no Poltrona.
Ficamos noites e noites conversando. Eu sofria de insônia, ele também. Me deu conselhos, interferiu na minha vida, assim como eu na dele.
Fui conhecer o Alê pessoalmente no nascimento do filhote dele. Engraçado visitar o filho de alguém que eu nunca vi. Mas isso não foi problema. Sua esposa foi de uma simpatia ímpar, e o filhote era lindo e saudável.
Hoje me dei conta que isso faz 3 anos.
Fiquei triste em ler o último post do Alê. Cara, não deixa a peteca cair. Torço muito, muito, muito, por você.
Mas depois de ler um texto do Alê, lembrei do blog.
Comecei a escrever em 2005. O motivo? Um carinha que me apaixonei que tinha blog. Era uma maneira de mostrar para ele que tínhamos muita coisa em comum. E foi através do tal carinha que conheci o Alê.
O cara é muito bom no que faz. Acompanhei diversas tentativas de blog até ele chegar no Poltrona.
Ficamos noites e noites conversando. Eu sofria de insônia, ele também. Me deu conselhos, interferiu na minha vida, assim como eu na dele.
Fui conhecer o Alê pessoalmente no nascimento do filhote dele. Engraçado visitar o filho de alguém que eu nunca vi. Mas isso não foi problema. Sua esposa foi de uma simpatia ímpar, e o filhote era lindo e saudável.
Hoje me dei conta que isso faz 3 anos.
Fiquei triste em ler o último post do Alê. Cara, não deixa a peteca cair. Torço muito, muito, muito, por você.
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