Reclamei que não tinha o que fazer. Agora reclamo porque não consigo tempo para fazer tudo o que eu gostaria de fazer. O ser humano é um eterno insatisfeito!
Tenho acordado às seis horas da manhã. Isso lá é hora de um ser humano acordar?
Não, não é. Principalmente um ser humano que estava acostumado a dormir às quatro da manhã.
Agora durmo às onze e meia, no máximo.
E mesmo indo dormir cedo, saio com um humor bem peculiar.
Eu não nasci para isso. Esta é a primeira frase que eu digo logo quando acordo.
O metrô parece liquidação de loja feminina. Lotado de gente que não pára de falar um minuto sequer.
Deveria existir a lei do silêncio até às oito da manhã. Ninguém fala até este horário.
E uma coisa que eu achava mentira quando me contavam, mas é verdade. Uma vez por semana algum tiozinho ou tiazinha, se joga na linha do metrô.
Se a pessoa quer suicidar-se, tome remédio, corte os pulsos (na vertical, viu?), dê um tiro na cabeça, mas não se jogue na linha do metrô.
Aliás, taí uma nova campanha: "Não se jogue na linha do trem". Camisetas, adesivos, chaveiros. Eu sou a favor.
Outra coisa. Perfume. Adoro perfume, gosto de pessoas cheirosas. Mas alfazema aos litros é sacanagem.
E eu não sei o que é pior, a alfazema logo cedo, ou o cheiro ardidinho no final do dia.
Quem foi que disse que a vida era fácil?