Nos últimos dias só se fala no caso da menina Isabella.
Eu tenho evitado elaborar teses sobre o crime. Mas a maioria da população parece ter entrado para a polícia.
Desde o faxineiro até o alto executivo, todo mundo tem o seu culpados e os motivos do crime.
É muito complexo, neste tipo de situação, emitir alguma opinião. Culpar alguém é algo muito sério. E quem somos nós para tirarmos conclusões, e crucificarmos o pai da criança?
Mas uma coisa é certa. Toda vez que eu via alguma matéria sobre o crime, torcia para que a culpa não fosse do pai.
Porque um crime assim já nos deixa sensibilizados, com a participação do pai, as coisas tomam uma proporção maior ainda.
Chegou ao ponto do bizarro. Montaram um circo em torno de uma situação que não tem a menor graça.
Acho que os curiosos, os sensacionalistas, em momento algum têm empatia pelo próximo. Respeito pela dor do próximo, acho que isso é o mínimo.
A sociedade adotou a menina Isabella. Cheguei a ouvir um jornalista dizer: “Hoje Isabella é a filha do Brasil”.
Não, Isabella não é minha filha. Ela tem uma mãe, que está sofrendo com tudo isso, e não precisa desta falsa comoção.
Uma mãe que não precisa ter a cara estampada em todos os veículos de comunicação.
Sim, foi um caso chocante. Uma lamentável história. Mas chega deste sensacionalismo.
A família precisa de paz. E a polícia tem que cumprir seu papel, ponto final.
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