O italiano Silvio Berlusconi prometeu usar a sua vitória eleitoral para realizar reformas econômicas e conter a imigração ilegal, de modo a impedir a entrada de estrangeiros que possam cometer crimes, o que ele chamou de "exército do mal".
Em pleno século XXI, tenho que ler declarações como a de Berlusconi. Uma forma de pensar simplista e maniqueísta em que o mundo é dividido em dois blocos: o do Bem e o do Mal.
Uma forma arcaica de pensamento que reduz os seres humanos a uma relação de certo e errado, de é ou não é. É no mínimo lamentável.
Pensando da forma do italiano, Berlusconi é do Mal. E para isso não precisa fuçar muito. Não é preciso voltar a um passado remoto. Não foi na época de colégio, e não é algo como fumar um cigarrinho do capeta. É coisa de gente grande.
Se o mundo é divido entre o Bem e o Mal, Berlusconi está no topo do Mal. Abaixo segue uma lista de maldades:
Berlusconi teria pago US$600 mil ao advogado britânico David Mills para que ele testemunhasse a seu favor em dois julgamentos em 1997 e 1998. Na época, Berlusconi estava sendo investigado por denúncias de fraude contábil e sonegação de impostos por parte de suas empresas.
Foi acusado pela Procuradoria-Geral de Milão de ter subornado juízes com o objetivo de bloquear a venda do grupo SME ao empresário Carlo De Benedetti. A acusação principal baseou-se numa transferência de 430.000 dólares (302.000 euros) das contas de Cesare Previti, amigo pessoal advogado de Berlusconi, para o juiz Renato Squillante, responsável pela decisão sobre a venda da SME.
Berlusconi é casado é já foi alvo de críticas por supostas atividades extraconjugais no passado. Se fosse nos Estados Unidos, ele não seria eleito. Lá pode tudo, menos relacionamento extraconjugal.
Polêmicas envolvendo suas empresas já o levaram aos tribunais italianos 8 vezes, com acusações de corrupção, fraude fiscal, contabilidade fraudulenta e financiamento ilegal de partidos políticos. Berlusconi, no entanto, nunca foi condenado pela justiça italiana.
Pelo visto os senadores são torcedores do Milan. Ele disse que depois das eleições levaria Ronaldinho Gaúcho para o Milan.
Política, futebol, mulheres, escândalos, se tivesse samba diriam que aconteceu no país cuja a capital é o Rio de Janeiro.
Mas como é na Itália, tudo acaba em pizza mesmo.