O cara que estava no palco não era nem sombra do que eu ouvia falar sobre ele.Torci para que acabasse logo. Foi um show cansativo com músicas de quando meus pais nem namoravam.
Acho que este é o grande problema de Dylan, falta inovação.
Num mundo em que Madonna teve que mudar seu estilo “Like Virgin” e Michael Jackson ficou branco, talvez fosse hora de Bob Dylan inovar seu repertório.
Não adianta mudar o andamento das canções antigas, é hora de fazer algo novo.
Sulpicy, que também é Jurássico, vai ao show. Vai cantar todas, ficar emocionado, chamar Bob Dylan de poeta. E, se bobiar, ainda vai cantar “Blowing in the Wind” com ele. Sabe, acho que isso faria o show valer a pena.
O cantor que já foi chamado de “cantor de protesto” não tem mais o que protestar. Bem, ter ele tem, mas não está no barato.
A chamada do jornal vai ser algo bem inusitado como: “Encontro de gerações”. A repórter vai entrevistar um casal que se apaixonou ouvindo Bob Dylan. Hoje, cem anos depois, levam os filhos e os netos para assistirem o show. Sacal.