Já estava na quadragésima cerveja. Chega uma hora que a bexiga pede um banheiro. E é neste exato momento em que você reza para ele estar vazio.
- Nossa, banheiro. Que felicidade te encontrar vazio.
E logo na sequência entrei em um daqueles biombos de banheiro público.
- Ai, que maravilha. Meu Deus, como é bom fazer xixi! Nossa xixi, você não vai acabar nunca?
E as cataratas do Niágara a todo vapor.
Iniciei um profundo monólogo com o meu xixi. Acreditando que estava sozinha no banheiro.
Ouço risinhos vindos do banheiro ao lado.
Inicio um diálogo sobre os benefícios do xixi na vida do ser humano.
A pessoa ri compulsivamente.
Lavava minhas mãos quando vi minha parceira de xixi.
- Quanta honra. Foi um prazer mijar com você, Totia Meireles.
- Imagina, o prazer foi todo meu. Mas eu sou a Xuxa Lopes.
Eu poderia ter ido embora, e deixado pra lá. Afinal, eu nunca acerto o nome de ninguém mesmo. Mas tentei consertar.
- Pense pelo lado positivo. Não te confundi com a Eva Wilma, que é bem mais velha que você.
Ela foi educada, e riu.
Agora me resta uma única pergunta. Por que eu não me calo?