Não sei se estou numa fase meio sensível, mas a propaganda já me emocionava.
E a minissérie não ficou atrás.
Com um elenco escolhido a dedo, enquadramentos perfeitos, diálogos muito bem escritos, trilha sonora impecável. Xi, muitos elogios para uma sentença só.
Eu gosto da Maria Adelaide Amaral, acho que é isso. E quando o assunto é minissérie, ela é a minha favorita. Trás no currículo: Os Maias, A Muralha, A Casa das Sete Mulheres, Um Só Coração e JK.
Só que desta vez, ela é mãe exclusiva da obra. Queridos Amigos foi baseada em um livro de sua própria autoria, Aos Meus Amigos.
O primeiro capítulo me fez refletir sobre os meus amigos.
Amigos de adolescência. Aqueles que me juraram, e que eu jurei, amor eterno.
Quando se é adolescente, é muito fácil acreditar na vida, no amor, na felicidade. E eu era assim, uma eterna sonhadora.
Fumava maconha, ouvia discos, usava calça rasgada, cabelos coloridos com papel crepom e camisetas cortadas de alguma banda. De preferência alguma punk.
Não havia a menor consciência política, mas éramos rebeldes. Rebeldes sem causa.
A amiga que iria morar junto comigo quando nós crescêssemos, tem uma filha de sete anos, e não mora comigo.
Uma outra, casou.
Meu melhor amigo desta época, mora na Espanha, e nunca mais nos falamos.
Deu vontade de saber como eles estão. Deu vontade de relembrar os velhos tempos, bem, não tão velhos assim porque eu ainda sou uma "criança".
Se o objetivo era emocionar, a minissérie está num bom caminho. Aguardarei os próximos capítulos. Não é sempre que se vê um time como este. É como um clássico de futebol, imperdível.
Quem sabe eu não encontre: A Cris, Gi, Eron, João, Paula, Pamela, Rodrigo, dentre outros que eu já chamei de queridos amigos.