Tem um exercício que você pede para alguém muito próximo te definir em uma palavra. É interessante, façam.
Pedi para minha mãe me definir em uma palavra.
Eu: Mãe, me define em uma palavra?
Mãe: Como assim? Eu preciso te explicar em uma palavra?
Eu: Não precisa explicar. Quando você pensa em mim, o que me define pra você.
Mãe: Responsável.
Eu: Mãe...
Mãe: Você é. Quer dizer, eu acho às vezes. Pôxa, difícil definir assim. Precisa ser elogio?
Eu: Quer dizer que você estava procurando uma característica legal pra me elogiar, mas não é o que você realmente pensa?
Mãe: Tá, então não precisa ser elogio, né?
Eu: Mãe, definição!
Mãe: Vivi, você não é focada. Qual o nome para uma pessoa que não é determinada? Você desiste fácil. Se o negócio é complexo, você abandona. E não que você não tenha capacidade intelectual. Você só não faz. Não quer fazer, não faz.
Eu: Me dá um exemplo pra eu te ajudar com a palavra.
Mãe: No trabalho. Você presta um processo já não se esforçando pra passar. Você não é ambiciosa. Não tem um caminho, uma trilha, sabe? Mas quando a coisa te interessa....Tipo viajar, você decide de forma rápida, organiza, e vai. Hiper focada.
Eu: Então não é que eu não seja determinada. Eu escolho bem minhas batalhas.E aqui a gente tem um erro de perspectivas. Esse foco é o que você gostaria que eu tivesse. É a sua projeção de filho. A entrega que você gostaria que eu fizesse.
Mãe: Tá, então eu vou mudar de palavra. Você é inconstante.
Eu: Aí eu vou concordar. Mudo de opinião com muita facilidade. E isso chama-se evolução, aprendizado, escuta ativa, abertura para entender o outro, agir de acordo com os meus sentimentos. Se a inconstância é o caminho para o aprendizado e autoconhecimento, eu aceito a palavra.
Mãe: Eu quero mudar a palavra. Você é inteligente...e persuasiva.
Rimos.