sábado, 9 de agosto de 2014

A menina da mochila mental

Não sei o que tem me dado nos últimos tempos. Mas só tenho vontade de sair correndo. E sair mesmo. Fechar um ciclo, sei-lá. Fazer algo diferente. Viver diferente. Não sentir que passei a vida somente vendo o tempo passar e empurrando as coisas com a barriga.

Já sei tudo que não quero, isso é um bom passo dado. Não quero ser rica, por exemplo. Choquem-se! Pasmem-se! Não tenho essa vontade. Falo por falar, e porque é bom fazer parte do senso comum. Mas não me faria feliz.

O comercial do Pão de Açúcar é uma merda "O que faz você feliz?". Não acho que um mercado com coisas caras  tenha este poder. Mas a pergunta é boa.

E depois de anos, anos, anos, anos e anos, reclamando, sendo ranzinza e vendo a vida com muita ironia, consegui ser feliz. Sim, estou feliz. Milagre? Não sei. Mas se me perguntarem hoje se sou feliz, não pensaria tanto para responder. Felicidade é um estado de espírito interno, diria algum guru da Ásia. Clichê. Clichê verdadeiro e duro de alcançar.

A minha vontade de sair correndo não é mais fuga, como já foi por muito tempo. A vontade é outra. É de ver muitas coisas, conhecer muitas coisas, ver pessoas, conversar com pessoas, ouvir histórias, rir, chorar, me emocionar com coisas pequenas do cotidiano. E tudo isso fora da caixinha. Tudo isso caminhando por aí no mais puro e melhor espírito hippie.

Quero ser feliz hoje, amanhã e depois.

Perguntarão os frequentadores daqui desde 2008: "Xi, ela está amando...Fim de uma lenda urbana da solteirice congênita". Resposta: NÃO estou!
Estou feliz e ponto final.