Não, não vou falar de futebol. Estou desiludida!
Passei um dia inteiro no território masculino. Cercada por 15 homens.
E quando eles são a maioria, fica fácil de conhecer o habitat masculino.
Homens adoram colocar apelidos vexatórios uns nos outros: Pombinha, Zé das couves, Zóio, Carcará e por aí vai.
Quando o apelidado em questão detesta o apelido, melhor ainda.
Adoram falar mal da patroa. Namorada, esposa, ficante, não importa.
E se a patroa ligar no meio de uma reunião masculina, ferrou. A pessoa que recebeu a ligação é motivo de piadas homéricas.
Dizem que fofoca é coisa de mulher. Mas acredito que isso não seja privilégio só do sexo feminino. Homens também são fofoqueiros. A diferença é que eles conseguem fazer com que a fofoca deixe de ser fofoca, e seja apenas um comentário. No fundo é fofoca, e eles sabem disso.
Fazem brincadeiras toscas como cuecão. Contam os podres uns dos outros. Falam de futebol, mulher, bebida e trabalho. Mais ou menos nesta ordem.
Fazem todo tipo de porqueira que uma pessoa possa imaginar. Até aquele cara extremamente Lord que você imagina que jamais faria, faz.
Porque quando eles estão em bando, se transformam. É assustador.
É de se entender quando o cara vira para você e diz que é uma reunião masculina. Não insista para ir, não é muito agradável.
Assim como as mulheres, eles precisam de um tempo com as pessoas do mesmo sexo.
É o momento em que eles podem ser eles mesmos. Falar a quantidade que eles quiserem de palavrões, falar mal da ex, da atual, xingar o chefe e toda aquela coisa máscula.
Um dia no clube do Bolinha me fez perceber que o clube da Luluzinha é bem light.
O que nós fazemos?
O mesmo que os homens, mas de forma muito mais educada. Sem cuecão, claro.