domingo, 19 de janeiro de 2014

Ninfomaníaca

Sabe aqueles filmes que você não decide se gosta, ou não? Então, ainda estou com esta sensação.
Hoje fui assistir Ninfomaníaca. Aliás, não vá sozinho. É o típico filme que você precisa de um amigo para comentar no final. Fui sozinha.
Sai do cinema meio sem rumo. Sem saber o quê pensar sobre o filme.

O filme começa com um rock alemão da banda Rammstein. Gosto de rock, mas sexo e rock é tão batido, tão clichê, que já fiquei meio com o pé atrás. Mesmo achando a música sensacional.

Sempre me interessei pelo tema. E sei que ser ninfomaníaca não é qualidade que se coloque no currículo, ao contrário do que muitos pensem e fazem. Ser "insaciável", é diferente de ser ninfomaníaca. Ninfomania é uma doença. E nunca vi doença ser algo desejável. Aiás, não existe homem ninfomaníaco. Ninfomania é uma doença feminina.

Eu fui ao cinema esperando entender a origem. Fui esperando algo mais psicológico. Nudez, quando não diz nada, é só nudez. E já passei da fase de me impressionar com gente pelada.

As cenas de sexo são fortes. Mas são só cenas de sexo. Sexo sem muito contexto, sem muita explicação de como se chegou àquele ponto. Sai sem entender a mensagem. Sem entender o motivo da compulsão de Joe. Talvez a explicação venha no volume 2. E sim, vou assistir. Não sou de deixar as coisas pela metade.

Ninfomaníaca é um filme que incomoda do começo ao fim. Tem boas sacadas, texto irônico que tira boas risadas. Didático em situações desnecessárias, e faltam explicações em momentos importantes.
A ideia era passar sensações. Só senti nojo. E acho que essa talvez não fosse a intenção.

Confuso. Um filme bem confuso sem mensagem bem definida. E acho que só por isso, já vale a pena levantar o traseiro do sofá e ir ao cinema. Seja para criticar, elogiar, tirar conclusões.
Hoje o cinema estava lotado, e ouvi um casal conversando:

- Sexo dá dinheiro, heim?

Nunca duvidei disso. Sexo dá dinheiro, gera curiosidade, e faz bem à saúde.