sábado, 30 de outubro de 2010

Ode ao amor

Ele não existe.
Depois de anos a fio, compreendi que aquilo que me disseram quando eu ainda era criança não passava de galhofa idiota.
Andei por aí, tentando acreditar, mas é uma das maiores mentiras da humanidade.

Aquele amor colorido de estórias, não exite.
Existe um tal jogo da sedução. Existe um tesão, que como diria Rita Lee é prazer individual.
Existe qualquer outra coisa química que explique algumas relações.
Existe o medo de ficar só.
Existe a vontade de encontrar alguém em que você acredite que há amor.
Existe qualquer coisa, uma coisa pequena, que as pessoas usam quatro letras para designar como especial.

Ele morreu antes mesmo de nascer lá naquela história do tal Adão e de sua senhora. Tentaram ali instituir o amor, mas não deu certo. Uma serpente safada apareceu e criou o tesão. Tesão pelo proibido. E tudo que era para ser cinderelesco, parou por ali.

Agora chega de enganação. Vamos para tal realidade de pia cheia de louças, de crianças chorando e de um comercial utópico de margarina que nos faz acreditar que amanhã será melhor. Não, não será. Não viva achando que amanhã será melhor. E que quando morrer você vai para o céu. E lá sim terá algo infinitamente melhor.

Alguém te engana e ri de você enquanto você passa boa parte da vida procurando o tal amor.

Salve à ignorância, que faz das pessoas mais felizes. Ela sim é uma demonstração de amor à mente humana.